A culpa é das estrelas



Se você costuma acompanhar as últimas notícias a respeito dos próximos lançamentos cinematográficos de 2014, com certeza já deve ter ouvido falar, ou pelo menos ter visto na internet, alguma coisa a respeito do filme “A culpa é das estrelas”, o qual é uma adaptação do livro do escritor John Green - que levou 10 anos para completar a história inspirada em Esther, uma fã de seus livros, que ele conheceu em um hospital infantil e os dois acabaram se tornando grandes amigos.

Todo dia é dia de futebol

Brasil é o país do futebol. Ninguém pode negar. É mais que um esporte. É mais que entretenimento. É uma atividade cultural que faz parte da identidade do brasileiro, no geral, querendo ou não. Você pode não gostar do esporte (ou até mesmo de esportes em si), mas isso é algo visível. E não é de agora, não mesmo. São cerca de 120 anos de prática que marcaram intrissicamente a história deste país, dentre os quais 84 anos são de Copa do Mundo. Não é à toa que a nação para funcionalmente na hora das partidas. É esse espírito que Carlos Drummond de Andrade conta nas crônicas feitas entre 1954 e 1986, reunidas no livro “Quando é dia de futebol”, lançado neste ano pela Companhia das Letras.
















Vanguart



Vanguart é uma banda de folk rock formada em Cuiabá, Mato Grosso, vencedora do prêmio MTV de melhor banda em 2012 e que começou a surgir dez anos antes, em 2002. De início, Vanguart era um projeto solo de um dos seus integrantes, Hélio Flanders, que tocava violão, teclado e cantava em seu quarto sem nenhum compromisso – até chegou a gravar alguns cds, mas que não foram de fato lançados. Seus integantes foram sendo acrescentados aos poucos, sempre dando um toque a mais nas suas músicas. Hoje, a banda conta com seis integrantes fixos: Hélio Flanders, Reginaldo Lincoln, Luiz Lazzaroto, Fernanda Kostchak, Douglas Godoy e David Dafré.

A Guerra dos Tronos



Putz! Tentar explicar a ideia ou fazer um resumão das Crônicas de Gelo e Fogo, mais especificamente o livro um,  A Guerra dos Tronos, da editora Leya Brasil, é uma tarefa muito árdua e complicada. Acho que eu precisaria da metade das páginas que George Martin escreveu para fazer um geralzão sobre o livro. Agora, tentar ler esse livro e não se encantar com a riqueza dos detalhes e o envolvimento emocional que a história cria, é praticamente impossível.

Imagine Dragons


Se você, assim como eu, adora músicas do gênero indie rock e rock alternativo, provavelmente irá gostar de Imagine Dragons. A banda surgiu em 2008, em Las Vegas. O nome do grupo - atualmente composto por Dan Reynolds, Ben McKee, Wayne Sermon e Dan Platzman - todavia é um mistério, ninguém sabe o verdadeiro significado, somente os integrantes. O seu primeiro EP intitulado de Imagine Dragons EP, foi lançado em 2009, porém, o sucesso veio mesmo com os singles Radioactive e It’s Time. O álbum, denominado de Night Visions, foi lançado em 2012 e alcançou a segunda posição do Billboard 200, vendendo na primeira semana mais de 83.000 cópias.

A primeira visão do "descobrimento"



O descobrimento do Brasil ainda é um assunto muito confuso e complexo, possivelmente por só termos acesso a diferentes abordagens, que não sejam demasiadamente eurocêntricas, quando ingressamos na faculdade. Isso, é claro, se optarmos por cursar História. Afinal, quem aqui nunca teve que decorar o nome do "descobridor" do Brasil, mas, em contrapartida, nunca ouviu falar que a etnia encontrada por ele quando chegou em nossa terra foi a Tupi (mas índio não é tudo igual?)? Pois é, muitos de vocês, principalmente se forem um pouco mais velhos, tiveram a mesma infelicidade que eu.

Mulher gosta de apanhar?

Foi numa manhã de terça-feira, num rotineiro café-da-manhã que tomava com Creusa, diarista que trabalha no meu apartamento uma vez por semana, uma jovem senhora de cabelo loiro, pele branca que contrasta com as bochechas rosadas e um sorriso infantil, que ouvi a frase “eu sofri violência doméstica por vinte e oito anos”.

Tal confissão despertou não só minha indignação, mas minha curiosidade também. Por que alguém viveria num relacionamento abusivo por quase três décadas? Muitos simplesmente proferem a falácia que “mulher gosta de apanhar”, mas eu, principalmente como mulher, me recuso a acreditar nisso, e sei que é algo que vai muito além. Para mim, “mulher gosta de apanhar” é um reflexo de uma sociedade que sempre culpa a mulher – até pela violência que ela mesma sofre –, dita por pessoas que desconhecem o que se passa nesses relacionamentos. Filhos, dinheiro, medo, vergonha, religião e até mesmo amor se envolvem e, mesmo tendo a Lei Maria da Penha para a proteção feminina desde 2006, ainda é difícil se ver livre de um relacionamento abusivo.

50 anos de Golpe Midiático




“50 anos do Golpe Militar: como afeta a economia do Brasil até hoje?”- Foi assim que o Bom Dia, Brasil, jornal da manhã da Rede Globo, se referiu à data histórica de 31 de março de 2014, dia em que o Golpe Militar brasileiro completou 50 anos. A ditadura militar brasileira durou mais de duas décadas e deixou cerca de 400 mortos e desaparecidos. Diante de tudo isso, questiono: seriam os efeitos na economia o assunto de maior relevância para se colocar em um dos telejornais mais vistos no país? Será que não tinha nenhum aspecto de maior interesse público a se abordar?

Periférico



Você conhece o MC Nego do Borel? Não? O Caetano Veloso sim, e até se amarra no cara. Eu estava zapeando pelos canais da TV certo dia e acabei me deparando com uma entrevista do MC Nego do Borel feita pelo Danilo Gentili - não sou fã do humorista, mas admito já ter rido de algumas de suas graças e, inclusive, já ter falado um pouco sobre humor há um tempo atrás - e acabei deixando no canal para ver no que dava.

Autênticos

Autenticidade é difícil de descrever. Acho que está nos olhos de quem vê. Mas, para termos educacionais, podemos dizer que existem três formas de autenticidade: ineditismo, emocionalismo e posicionamento. Escolhi dois exemplos de vídeos do youtube que acredito que representem essas três formas.

Educações e racismos



Pensei bastante antes de falar sobre discussões historiográficas num blog mais "leve" como o Fragmentos. Sabendo que a leitura acadêmica fora das universidades ainda é muito restrita, imaginei que uma resenha desse tipo não agradasse aos internautas, leitores mais acelerados e multifuncionais. Por outro lado, gosto sempre de lembrar que o texto mais visualizado dessa coluna trata sobre o mito da democracia racial no Brasil, desconstruído justamente a partir de referências acadêmicas. Outrossim, se não fosse para ultrapassar os muros da universidade, como normalmente acontece, e socializar os conhecimentos produzidos ali, não faria sentido para mim estudar numa instituição pública. Na verdade, não faria sentido estudar.

Ligados pelo amor



Em uma mistura de drama com comédia romântica, o filme que irei apresentar conta a história de uma família com problemas amorosos. Colocado desta forma, parece mais um dos milhares de filmes que falam de amor, bastante clichê. Mas talvez seja o fato de essa família ser uma família de escritores que faça a diferença. Ou ainda por tratar os problemas do coração sob várias perspectivas, através de um escritor famoso e premiado que ainda espera pela sua esposa que o deixou há três anos, sua filha às vésperas de publicar seu primeiro livro que não acredita no amor e seu filho sensível e apaixonado por uma garota problemática. Ou por trazer atores como Logan Lerman, Lily Collins e Greg Kinnear, entre outros, que fizeram um ótimo trabalho. Ou por trazer personagens com os quais nós nos identificamos bastante, principalmente para os escritores. Ou talvez, só talvez, seja tudo isso junto, aliado a inúmeros outros detalhes, a razão de Ligados pelo amor ser um filme incrível e extremamente cativante.

Especial: Oscar 2014 - O Lobo de Wall Street


"O Lobo de Wall Street” concorre ao Oscar de hoje em cinco categorias: filme, diretor, ator, ator coadjuvante e roteiro adaptado. No caso, as figuras da disputa são Martin Scorsese, Leonardo Di Caprio, Jonah Hill e Terence Winter. Todos, sem dúvida, são merecedores de atenção do público cinéfilo, mas não vejo nenhum deles entre os favoritos pela Academia. Entre eles, Di Caprio talvez seja o mais distante da estatueta, mais uma vez.

Especial: Oscar 2014 - Trapaça



Concorrendo ao Oscar de Melhor Filme e Direção, David O. Russell é um dos favoritos para levar a estimada estatueta neste ano. Sua obra Trapaça (American Hustle) conta com incríveis 10 indicações, incluindo as de Melhor Ator (Christian Bale), Melhor Atriz (Amy Adams), Melhor Ator Coadjuvante (Bradley Cooper), Melhor Atriz Coadjuvante (Jennifer Lawrence) e Melhor Roteiro Original.

Especial: Oscar 2014 - Clube de Compras Dallas



Pense em uma época na qual uma doença misteriosa estava reduzindo a imunidade das pessoas drasticamente, ocasionando a morte de muitos. Em um congresso sobre doenças infecciosas na cidade de Nova Iorque, foram apresentados cinco casos clínicos de homens que eram aparentemente saudáveis, porém apresentavam uma grave deficiência imunológica. Outro ponto: esses homens eram homossexuais. A época: década de 1980. O nome da doença: AIDS.

Especial: Oscar 2014 - 12 Anos de Escravidão



O que falar dessa pessoa que mal conheço e já considero pacas sobre Steve McQueen, esse diretor que com tão poucos filmes já me conquistou? É um longa-metragem incrível após o outro. E que neste ano, com 12 Anos de Escravidão, concorre em 9 categorias do Oscar, dentre elas Melhor Filme, Melhor Ator e, claro, Melhor Diretor.

Especial: Oscar 2014 - Blue Jasmine

Em Blue Jasmine, Woody Allen dirige Cate Blanchett e Alec Baldwin.
Ainda que tenha deixado a desejar em comparação com as suas últimas grandes obras, como Meia-Noite em Paris (2011), Vicky Cristina Barcelona (2008) e Ponto Final - Match Point (2005), com seu filme mais recente o veterano Woody Allen concorre ao Oscar de Melhor Roteiro Original e suas atrizes principais - Cate Blanchett e Sally Hawkins - aos de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente. 

Especial: Oscar 2014 - O Hobbit: A Desolação de Smaug

"Já acabou?". Foi isso que falei quando as luzes do cinema acenderam depois de assistir a O Hobbit: A Desolação de Smaug. Foram quase 3 horas de uma aventura incrível pela Terra-Média que passaram correndo e deixaram um gostinho de "quero mais", além de uma experiência única de som e imagem que tornou o longa-metragem merecedor de três indicações ao Oscar deste ano: Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som e Melhores Efeitos Visuais.

Especial: Oscar 2014



A mais famosa premiação do mundo passou a ser oficialmente conhecida como “Oscar” somente em 1939, mas o evento já acontecia em Hollywood desde a década anterior. Idealizado como “prêmio de mérito” pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, surgiu em 1929, alguns meses antes da quebra da Bolsa de Nova Iorque (resultado de uma crise de superprodução que desencadearia uma das maiores depressões econômicas provocadas pelo avanço das relações capitalistas). O objetivo da Academia era homenagear os últimos destaques cinematográficos como forma de estímulo para o desenvolvimento artístico e tecnológico do cinema.

Interpol


Você está tendo um dia alegre e prefere mantê-lo assim? Se sim, acho que a banda sobre a qual falarei hoje não é uma boa pedida. Talvez seja melhor deixar para conhecê-la em um momento mais cinza ou frio de sua existência. Eu sei, soei um pouco dramático demais, mas não é bem assim, Interpol não chega a ser um Joy Division, tanto que o seu vocalista, Paul Banks, já sobreviveu a bem mais CDs do que Ian Curtis, talvez por conta de a melancolia ser melhor distribuída entre os membros da Interpol e não ser quase que toda vinda apenas de seu frontman, como no Joy Division – o New Order que o diga.

Supernatural: uma road trip pelo sobrenatural

Você é daquelas pessoas que gosta do tipo de série de TV que a cada final de temporada te deixa louco para saber como vai ser a próxima? Aquela série que você não cansa de especular com os seus amigos sobre o que poderá acontecer na próxima temporada? Aquela que mistura terror, fantasia e drama, com uma pitada de comédia? Se a sua resposta para essas três perguntas forem “sim”, meu caro leitor, recomendo-lhe fortemente assistir à série Supernatural (no Brasil, Sobrenatural), criada por Eric Kripke, produzida pelo canal norte-americano The CW e protagonizada pelos atores Jared Padalecki e Jensen Ackles.

Uma vela no escuro

Esperamos pela luz, mas contemplamos a escuridão. – Isaías 59:9

Eu devia ter uns 14 anos quando descobri, na TV Escola, a série Cosmos, realizada por Carl Sagan e sua esposa Ann Druyan. Lembro que fiquei fascinado com a forma como Sagan mostrava as maravilhas do Universo: quasares, buracos negros, galáxias e planetas. Sagan, através da série, transmitiu o conhecimento sobre o cosmo - antes restrito ao meio acadêmico - a mais de 500 milhões de pessoas. Por isso, ganhou o titulo de “maior divulgador das ciências de todos os tempos”.

Dessa vez, vai (?)!


Gilbert Grape. Diário de um adolescente. Romeu + Julieta. Titanic. Gangues de Nova York. O aviador. Diamante de sangue. Foi apenas um sonho. Ilha do Medo. A origem. J. Edgar. Django Livre. O grande Gatsby. Todos grandes filmes, comentadíssimos e bem aclamados pela crítica e pelo público. Nenhum Oscar. É, assim que muitos lembram do Leonardo DiCaprio, um grande ator que, na minha opinião,  é completamente injustiçado pela Academia.

Os igarapés e uma literatura do Pará


Não sei qual amigo uma vez disse que paraense se reconhece no igarapé.

Que rede, que nada. Nem círio. Tacacá, muito menos.

Mais do que o amazonense, que talvez seja mais ligado no rio grande e caudaloso, ou que qualquer outro amazônida, o paraense de modo geral sente-se em casa quando banhando num igarapé. Era a tese desse amigo que nunca conheceu nenhum outro estado da Amazônia a não ser o mais nordestino deles, o Maranhão.

Casal 20


A irmã dele fazia aulas de jazz. Ela fazia aulas de jazz com a irmã dele. Ele foi assistir a uma performance da irmã. Ela apresentou uma performance da Alanis Morissette com a irmã dele. Ele achou que elas dançavam muito mal. Ela percebeu que a dança não era o negócio dela. Ele era ator. Ela não era dançarina. Ele foi até a casa de um amigo produtor para discutir uma peça. Ela era filha do produtor da peça. Ele a viu comendo miojo na sala de estar. Ela comia miojo na sala de estar quando ele chegou. O nome dele é Gregorio. O nome dela é Clarice. Eles se reconheceram. Seus olhos se encontraram. Foi amor à segunda vista. A partir daí, nunca mais se separaram e formam um verdadeiro casal 20. 

A batida de Lilly Wood and the Prick



O que imaginar quando duas pessoas se encontram por acaso em um bar, em Paris, no meio da noite, e então decidem fazer música? Pois é, isso foi exatamente o que aconteceu com Nili Hadida e Benjamin Cotto: foi o surgimento da banda francesa Lilly Wood and the Prick.

Infantilidade


O conceito de infância nem sempre foi o mesmo, ele foi construído social e historicamente. Assim sendo, a criança nem sempre foi considerada uma pessoa com características e necessidades próprias, sendo considerada apenas como um adulto em miniatura. Entretanto, como bem sabemos, por meio da noção de desenvolvimento, a infância passa a ser considerada uma sucessão de fases intelectuais e emocionais na qual a criança, girando em torno da inocência e da fragilidade, passa a ser vista como um indivíduo que precisa ser protegido e preparado para se tornar um adulto. Na virada do século XIX para o século XX, a infância chegou a ser considerada como um direito inato de cada pessoa, um ideal que ia além da classe social e econômica. A infância veio a ser definida como uma categoria biológica, e não somente um produto da cultura. No entanto, durante esse mesmo período, esse conceito começa a entrar em declínio. 

A menina que roubava livros

No livro “A menina que roubava livros” de Markus Zusak, a Morte, surpreendentemente cativante e simpática, conta a história de Liesel Meminger, uma garota doce e imunda, filha de uma comunista em plena Alemanha Nazista, que possuía o estranho e prazeroso hábito de roubar livros, os quais passaram a ser o seu refúgio diante da realidade que estava vivenciando.

Juntamos as peças (de novo)

Fim de ano é aquela história: trabalhos, cansaço, crises, fim de ciclos, indecisões... aquele sentimento de "ai meu Deus, o ano está acabando, preciso mudar minha vida ano que vem".

É, você sabe como é. Não precisamos ficar explicando. Você passa por isso, nós passamos por isso, o Fragmentos passa por isso.