Crescemos, vivenciamos experiências novas a cada momento, concluímos metas e falhamos, mas, na maioria das vezes, com a sensação de dever cumprido, ou simplesmente com o desgosto da derrota. No entanto, não sentimos mais essas sensações com a mesma profundidade de quando éramos crianças, tempo em que sentíamos aquela adrenalina ante qualquer desafio. Tudo que realizávamos nos fazia sentirmo-nos como os reis do mundo.
Sabe aquela felicidade de encontrar dois tazos no mesmo pacote de salgadinhos? Ter as cinco partes do Exódia no seu deck e se sentir o cara mais foda da 4ª série? Pois é, sentir-se feliz por coisas simples as quais não damos mais importância.
Com o passar dos anos, envelhecemos, talvez nos tornemos mais chatos, indiferentes ou simplesmente ficamos estressados com as responsabilidades que nos são empurradas. Ficamos presos nas nossas rotinas, fazendo parecer que nada vai mudar. Tornamo-nos pessoas andrógenas.
Será que não podemos ter as mesmas sensações de antes? Tudo o que vamos fazer é ficar satisfeitos com um serviço bem feito no trabalho ou uma boa nota na vida acadêmica? Até as sensações tristes mais "bestas" vinham com mais profundidade: chorar por derramar o sorvete, odiarmos o mundo quando nossos pais não nos deixavam brincar na rua, ser o primeiro no esconde-esconde ou passar o terrível Merthiolate nos machucados.
Seria mais divertido se conseguíssemos sorrir mais inocentemente e espontaneamente como crianças. Sentíamos-nos adultos e ríamos pela primeira maquiagem usada e o primeiro pelo no rosto, gostávamos de ser o "café-com-leite", mesmo não sabendo o que significava, só a alegria de brincar com os amigos mais velhos era o suficiente pra ganhar o dia.
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