Especial: Dia Mundial do Rock

O Dia Mundial do Rock é celebrado em 13 de julho e este ano ele veio a acontecer justamente em uma sexta-feira, a qual, combinada com o número 13, é cercada de superstições e mistérios, assim como a História do rock (e seus derivados), gênero musical que vem conquistando verdadeiras legiões de adeptos desde meados da década de 50.

O dia escolhido para celebrar essa data tão especial não foi por acaso. No dia 13 de julho de 1985, Bob Geldof (músico punk e ator principal do filme Pink Floyd The Wall) promoveu o evento Live Aid, organizando dois shows simultâneos, um em Londres, na Inglaterra, e outro na Filadélfia, nos Estados Unidos, tendo como objetivo angariar fundos para resolver a questão da fome na Etiópia. Artistas como Sting, Led Zeppelin, The Who, Dire Straits, Scorpions, U2 e Paul McCartney apresentaram-se nos palcos do evento.

Bob, por conta dessa e muitas outras atitudes filantrópicas, recebeu diversos prêmios, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz e recebeu o título honorário de cavaleiro, atribuído pela rainha Elizabeth II. Geldof ainda foi também um dos idealizadores do Live 8, evento realizado no 20º aniversário do Live Aid, apesar da semelhança, o objetivo dos shows realizados nesse evento foi outro: pressionar os líderes mundiais a perdoarem as dívidas externas de países africanos. O evento teve uma repercussão enorme e ainda é lembrado por ter sido a última vez em que o Pink Floyd tocou com sua formação original, já que em 2008 Richard Wright (tecladista) veio a falecer.

Atitudes como essa, provam que o rock tem um poder de alcance inimaginável, tem a capacidade de mexer conosco de uma maneira única e nos fazer sentir coisas totalmente inesperadas.

O rock foi renegado pelos brancos e somente aceito – com muitas ressalvas – depois que Elvis Presley resolveu adotar o ritmo, a malícia e o rebolar dos quadris. Esse gênero musical deu voz à juventude, que se viu refletida em gritos de rebeldia e, assim, juntamente a outras manifestações, começou a lutar pelos seus direitos (e dos outros também). As revoluções causadas pelo rock 'n' roll podem ser vista até os dias de hoje na liberdade sexual e de expressão, na igualdade racial e de gênero e até na luta pelos direitos dos homossexuais - sim, isso mesmo. Afinal, a luta pelos direitos dos homossexuais não foram incentivadas apenas pela música disco.

Quem poderia dizer que este termo - rock - usado para definir o ritmo "criado" por Chuck Berry, seria capaz de causar tantas mudanças em nossa sociedade e na forma de se pensar, principalmente dos jovens, inclusive na questão do racismo, problema bastante grave na época em que esse gênero musical surgia.

Caso você tenha se interessado e queira saber mais sobre a História do rock e a relação entre o ritmo e o comportamento da juventude de cada geração, não deixe de conferir o curta-metragem abaixo, Uma Breve História do Rock, da escritora e roteirista brasileira Alessandra Bourdot.



Para celebrar este dia tão especial, alguns membros do blog escolheram ícones do rock 'n' roll para falar sobre. Para conferir basta clicar em um dos ícones abaixo ou no Continue lendo , caso queira ler todos.




  •  Elvis Presley, por Alice Martins Morais:
"Um pouco menos de conversa, um pouco mais de ação, por favor
Todo este aborrecimento não está me satisfazendo
Um pouco mais de mordida e um pouco menos de latido
Um pouco menos de luta e um pouco mais de faísca
Feche sua boca e abra seu coração e, garota, satisfaça-me
Satisfaça-me, querida."                                                              (A little less conversation)
Era com essa lábia que Elvis Presley, também conhecido como Elvis the Pelvis - devido a esse visível sex appeal e sua ousadia e extravagância - arrasava (e ainda arrasa) corações ao redor do mundo.

Nascido em 1935, esse ícone foi um artista que dispensa introduções. Se você conhece alguém que não saiba quem é, tome bastante cuidado: há uma grande chance de ser um alienígena (que, por acaso, deve ter estado preso sem acesso à informação desde a década de 30). Com uma sonoridade vibrante, um timbre único e uma vocalidade extremamente eclética para quem nunca teve aulas de canto, Elvis ficou conhecido como Rei do Rock e atualmente é um símbolo cult. Ele mudou a história não apenas desse estilo musical - o rock - como todo a música, em geral, sendo um dos criadores do rockabilly, um tipo de rock feito de mistura de rhytm and blues com uma pitada de country, digamos assim.  Fez, inclusive, uma música fazendo alusão ao estilo musical mais em evidência do Brasil da época, a Bossa Nova, chamada "Bossa Nova, Baby", para o filme Fun in Acapulco.
  
Começou a carreira com o cabelo marcante cheio de brilhantina em um topete charmoso e roupas apertadas, em um look que lembrava a sua terra matriz, Mississipi, arrancando suspiros. Terminou a vida com o visual que se tornou a identidade não apenas sua, mas como de toda uma época e do rock, em geral: o estilo extravagante, com óculos exuberantes, costeletas, cabelos com topetes chamativos, roupas largas e brilhosas, que caracterizou definitivamente a cidade de Las Vegas, onde morou parte significante de sua vida e lar da Graceland, a residência onde vivia e morreu - hoje patrimônio histórico dos EUA.

Faleceu de forma lastimosa: várias enfermidades no corpo em conjunto ao típico vício dos famosos em medicamentos. Mas, enquanto sua música estiver viva e influenciando outras músicas, ele também estará. Afinal, Elvis não morreu, pois a memória dessa personalidade que agitou a vida conservadora e quebrou padrões para iniciar outros não pode ser facilmente - nem dificilmente - esquecida.

Música: Always On My Mind.


  • The Beatles, por Bruno Miranda:

"Não há nada que você queira fazer que não possa ser feito
Ninguém que você queira salvar que não possa ser salvo
Nada que você não sabe, mas que não pode aprender como fazer a tempo 
É fácil
Tudo que você precisa é amor"
                 (All you need is love)

Eis que, na década de 60, quatro garotos da cidade de Liverpool formaram uma banda cujo nome era a mistura das palavras beat (batida) e beetle (besouro) e que acabaria se tornando uma verdadeira febre. Seus nomes: John Lennon, George Harrison, Paul McCartney e Ringo Starr.

O estilo irreverente dos garotos, com seus terninhos e cortes de cabelo parecidos, e as músicas cheias de yeah, yeah, yeah conquistaram o mundo todo, dando origem ao termo beatlemania, que é a histeria que o quarteto de Liverpool provocava em seus fãs. Nessa época, haviam garotas que chegavam a comer a grama por onde seus quatro ídolos pisavam. O sucesso do grupo foi tanto que Yesterday é considerada a música mais tocada de todos os tempos.

Se me perguntassem qual é a banda mais famosa de todos os tempos, sem dúvida, responderia: os Beatles, claro. Quem nunca viu a foto dos quatro ingleses atravessando a Abbey Road que diga o contrário. Em pleno auge da carreira, John Lennon chegou a dizer: "somos mais populares que Jesus Cristo", frase essa que rendeu anos de condenação por parte do Vaticano para o polêmico beatle.

Além de terem uma série de museus dedicados a eles nos quatro cantos do mundo, os Beatles chegaram também ao meio acadêmico. Na Inglaterra, a Universidade de Liverpool criou um mestrado em Beatles e, no Brasil, a PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro oferece uma especialização.

Apenas Ringo e Paul continuam vivos (Paul, inclusive, foi eleito pela revista Rolling Stone o maior artista vivo), mas os Beatles jamais saíram de moda, talvez porque a atualidade de sua música esteja ligada a uma década que até hoje muitos reverenciam, os anos 60.

Música: I Wanna Hold Your Hand.


  • Jimi Hendrix, por Thamires Rafael:
"Mas está tudo em sua mente,
Não pense no tempo,
Em coisas ruins,
Deixe sua pequena mente flutuar por aí.
Olhe em volta
Vamos lá, meu amor, yeah
Vamos lá, se você quiser
Bote tudo isso numa concha
Com um pouco da Magia do Castelo Espanhol
E somente um pouco dos sonhos aqui e agora."
                                     (Spanish Castle Magic)


Nesse clima de rock, não poderia faltar o músico considerado por muitos críticos o maior ícone da guitarra e um dos mais importantes e mais influentes músicos de sua época, Jimi Hendrix. Nascido em Seattle (Estados Unidos), ele foi influenciado por artistas do blues, além de alguns guitarristas e músicos do jazz moderno, e ficou conhecido por suas extravagantes apresentações no palco (como tocar a guitarra com os dentes ou com ela em suas costas).

Segundo sua discografia oficial, possui uns vinte discos editados, mas publicou apenas três em vida: Are You Experienced? (1967), Bold as Love (1967) e Electric Ladyland (1968). Sem dúvida alguma, sua genialidade e originalidade perduram até os tempos atuais influenciando os grandes guitarristas.

Jimi Hendrix obteve sucesso inicialmente na Europa, com seu grupo The Jimi Hendrix Experience. Conquistou a fama nos Estados Unidos, após seu desempenho, em 1967, no Festival Pop de Monterey, onde ficou notória a imagem de Hendrix quebrando sua guitarra e ateando fogo nela. Dois anos mais tarde, Hendrix foi a principal atração do icônico Festival de Woodstock, juntamente com sua nova banda Gypsy Suns and Rainbows, que tinha Hendrix na guitarra, Billy Cox no baixo, Mitch Mitchell na bateria, Larry Lee na guitarra base, Jerry Velez da bateria e Juma Sultan na percussão.

Hendrix conquistou diversos dos mais desejados prêmios do mundo da música durante sua vida e recebeu diversos outros postumamente, incluindo sua confirmação no Hall da Fama do Rock and Roll americano, em 1992, e no Hall da Fama do Reino Unido, em 2005. A revista Rolling Stone o classificou como o melhor guitarrista na sua lista de 100 maiores guitarristas de todos os tempos, em 2003.

O uso abusivo de álcool e outras drogas acabou por ocasionar uma morte prematura: em setembro de 1970, aos 27 anos de idade, Jimi morreu, entrando assim para o ilustre Clube dos Vinte e Sete.


Música: Power to Love.

  
  • Janis Joplin, por Yasmin Oliveira:

"É triste, tão triste estar sozinha
 Sem amigos pra te ajudar, sem família, sem lar 
É triste, tão triste estar sozinha 
A estrada empoeirada te chama, venha de novo 
A estrada empoeirada te chama, você caminhar até o fim
É triste, tão triste estar sozinha 
Você olha para as outras pessoas através de suas lágrimas Eles não sabem nada de dor, de tristeza ou medo 
É triste, tão triste estar sozinha 
Você senta e canta em quartos escuros 
Sua canção preenche o ar com melancolia crescente 
É triste, tão triste estar sozinha"  
                                            (So sad to be alone) 

Considerada a "Rainha do Rock and Roll", Janis Lyn Joplin era dona  de  uma  voz  rouca e  marcante e  performances sensuais e inapropriadas pra sua época.

Falar de Janis Joplin me faz pensar em singularidade, uma artista única, com uma carreira rápida e intensa, como suas músicas, músicas essas sempre carregadas de dor e perda. Teve suas raízes no country e no blues, na década de 60. Passou por três grupos antes de sua carreira solo (Big Brother & The Holding Company, Kozmic Blues Band e Full Tilt Boogie Band) e durante sua carreira gravou apenas quatro álbuns: Big Brother and the Holding Company (1967), Cheap Thrills (1968), I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! (1969) e o póstumo Pearl (1971), o último com sua participação direta.

Sua carreira solo iniciou em 1969 e o sucesso imediato e grandioso afetou drasticamente a vida de Janis. Usuária de drogas assumida, sempre bebeu muito. Chegou a uma situação na qual as drogas eram mais importantes que a música, e isso afetou sua saúde de uma maneira irreversível. Ela tentava se recuperar aos poucos e em meio a essas transições sua voz ficava cada vez mais densa, tensa e pesada, o que a diferenciava ainda mais das outras cantoras da época. Tornou-se um dos maiores ícones do rock psicodélico com toda sua fonte de criatividade. Janis morreu em 1970 com apenas 27 anos. Foi encontrada em um hotel na Califórnia com furos recentes de agulha, vitima de uma overdose de heroína, um dos seus maiores vícios.

Uma grande perda para os apreciadores do rock, Janis Joplin ficou na história por sua voz marcante e suas canções fortes e verdadeiras. Uma revolução para a música da década de 60 e, principalmente, uma grande influência musical. 

Música: Kozmic Blues.

       

  • Pink Floyd, por Tie Okajima:
"E se a represa quebrar depois de algum tempo
E se não houver nenhum espaço em cima da colina
E se sua cabeça também explodir com o mau presságio
Eu te verei no lado escuro da lua."
(Brain Damage)

Cambridge, Inglaterra, 1965. Um momento que vai ficar marcado eternamente na História da música. O começo de uma era com muito rock, sucesso e desentendimentos. O início de um dos grupos mais influentes conhecidos até hoje, o início do Pink Floyd.

A banda Pink Floyd (abreviação de The Pink Floyd Sound, nome dado em homenagem aos músicos Pink Anderson e Floyd Council) tem como seus fundadores Roger Waters, Nick Mason, Richard Wright, Syd Barrett e Bob Klose, tendo este último abandonado o grupo ainda no verão de 65. Em 1968, David Gilmour uniu-se à banda e meses depois ocorreu a saída de Barrett devido sua maneira excêntrica de se comportar e ao seu estado de deterioração mental causado pelo uso de drogas.

Consequentemente, Roger Waters tornou-se o principal compositor e líder conceitual da banda e David Gilmour assumiu a guitarra solo e parte dos vocais. E foi assim, então, que o Pink Floyd atingiu o sucesso internacional com álbuns como The Dark Side of the MoonWish You Were Here e The Wall.

Os anos seguintes, mais ou menos entre 1979 até o fim da banda, foram marcados por uma transição de saída e entrada, processos, disputas e conflitos entre os membros. Entretanto, após essa fase, dois álbuns foram lançados: A Momentary Lapse of Reason e The Division Bell
Em 2005, o Pink Floyd se reuniu para uma única apresentação, o concerto para a caridade Live 8, e três anos depois, em 2008, Wright veio a falecer. O fim da banda foi confirmado no dia 3 de fevereiro de 2006, em uma entrevista de Gilmour ao jornal italiano La Repubblica. Em 2011, os membros restantes da banda se reuniram novamente para um show de Waters, da The Wall Tour.

Com um som único e letras fantásticas, Pink Floyd agrada e encanta a todos até hoje, independentemente da idade. São 14 álbuns de estúdios, 3 álbuns ao vivo, 9 coletâneas, 8 vídeo-álbuns, 26 singles e 25 videoclipes de grandes músicas que estarão marcadas eternamente na História. Quem nunca ouviu uma música sequer da banda ou não se lembra do prisma na capa do álbum The Dark Side of the Moon que atire a primeira pedra.


Música: Comfortably Numb.
  

  • Secos & Molhados, por Romulo Ferreira:
"Eu não sei dizer
Nada por dizer
Então eu escuto
Se você disser
Tudo o que quiser
Então eu escuto
Fala
(...)
Se eu não entender
Não vou responder
Então eu escuto
Eu só vou falar
Na hora de falar
Então eu escuto."   (Fala)

Através deste lindo poema escrito por João Ricardo e Luhli (compositora, responsável por apresentar Ney Matogrosso para a banda), o qual foi interpretado pelos Secos & Molhados, e traz consigo uma  ótima lição sobre escutarmos mais e falarmos menos, introduzo a vocês uma das melhores coisas que aconteceram no cenário musical tupiniquim. Os Secos são, sem dúvida, o maior ícone nacional do glam rock, mas engana-se quem acredita que João Ricardo, Ney Matogrosso e Gérson Conrad obtiveram fama e prestígio em meados da década de 70, apenas por conta de suas performances ousadas nos shows e o uso de maquiagem e figurinos extravagantes (antes mesmo do Kiss). Destacaram-se, na verdade, por causa de sua sonoridade impactante, pois tinham a capacidade de introduzir em suas músicas influências que iam do folk até o pop psicodélico, mas sem nunca deixar a MPB de lado.

Infelizmente, a banda não durou muito tempo com sua formação clássica, lançaram seu primeiro e homônimo disco (Secos & Molhados I) em 1973, no ano seguinte o disco sucessor (Secos & Molhados II) e pouco tempo depois ocorreu o desmembramento do grupo, por questões financeiras. Mas isso proporcionou que cada membro seguisse seu caminho, Gérson e Ney dedicaram-se a suas carreiras solo, sendo que o segundo ainda é considerado um dos maiores ícones da música nacional. E o João, continuou com o Secos & Molhados, por ter sido o fundador da banda, tendo inclusive lançado alguns discos com o passar dos anos, mas os mesmos não fizeram tanto sucesso quantos os dois primeiros. Mesmo a banda tendo durado tão pouco tempo com sua formação clássica, eles musicaram diversos poemas de escritores renomados, como: Fernando Pessoa, Oswald de Andrade e Vinicius de Moraes. Em 2007, o primeiro CD deles, ficou em quinto na lista da Rolling Stone dos 100 maiores discos da música brasileira. Diga-me, como não se emocionar ao escutar esse poema do Fernando Pessoa na voz do Ney Matogrosso?

Música: Não, Não Digas Nada.

     

  • The Ramones, por Christiany Yamada:
"Eles estão se amontoando no banco de trás
Eles estão gerando uma névoa de calor
Pulsando para a pancada por trás
O Ataque Relâmpago
Hey, ho! Vamos lá!
Acerte-os nas costas agora...
O que eles querem, eu não sei
Eles estão todos agitados e prontos para avançar..."
(Blitzkrieg Bop)

"Depois dos primeiros ensaios, Tommy e eu fomos pro escritório do estúdio porque ele disse que queria falar comigo. Ele disse: 'Como você acha que deveríamos chamar o grupo?' 'Oh, não sei'. Eu disse: 'Que tal The Ramones?'. Daí, de algum jeito, todo mundo pegou o nome Ramone e acrescentou ao seu nome, e nos tornamos os Ramones", explicou Dee Dee Ramone. Foi dessa forma que surgiu uma das maiores bandas de punk rock. Decadentes, despretensiosos e indo - juntamente com os Stooges,  Richard Hell e outros - contra tudo que predominava até o final da década de 60.

Cansados da explosão hippie, das carinhas smile e das músicas psicodélicas de longa duração e extensos solos bem trabalhados, surgiu o movimento punk, de raízes mais niilistas, com músicas de 2 a 3 minutos, nenhum solo e apresentações memoráveis - seja por destruírem o palco, por rolarem sobre cacos de vidros, pelo público hostil ou pelo descaso, raiva e objetividade com que eram tocadas e cantadas as músicas.

Resultante disso, os Ramones fizeram o seu primeiro álbum, gravado em 2 dias, com um pouco mais de 6 mil dólares e, ainda assim, tal álbum, nomeado simplesmente "Ramones", com letras de igual simplicidade - com a única exceção da autobiográfica "53rd and 3rd", escrita pelo baixista da banda, que chegou a se prostituir -, cuja capa é nada além de uma foto preta e branca dos integrantes da banda com os jeans rasgados e jaquetas de couro. Foi um marco definitivo na história do rock - em especial na história do punk rock.
"Joey viu uma mãe atrás de um garoto com um bastão no prédio dele e escreveu sobre isso", confessou Dee Dee Ramone, sobre a música "Beat on the Brat" (algo como "porrada no pirralho"). Tratava-se puramente disto: um rock mais cru, com apenas seus elementos básicos, despido de utopias. E isso, por ser somente isso, tornou a música dos Ramones revolucionária. De certa forma, era algo tão óbvio que se tornou genial. A simplicidade dos Ramones foi adotada também mais tarde por bandas como: Sex Pistols, The Clash e dos Buzzcocks, que se utilizaram dos famosos "apenas quatro acordes" para comporem suas músicas.

Música: Beat on the Brat.

      

  • Metallica, por Jean Sato:

"As coisas não são mais como costumavam ser
Faltando alguém dentro de mim
Mortalmente perdido,isso nao pode ser real
Não posso suportar esse inferno que sinto
Ninguém além de mim pode me salvar, 
mas já é tarde demais
Agora eu não consigo pensar, 
pensar por que eu deveria tentar
O ontem parece nunca ter existido
A morte me recebe calorosamente, 
agora eu vou apenas dizer adeus."
(Fade to black)

Metallica é uma banda norte-americana fundada na década de 80, um dos maiores ícones do heavy/thrash metal. Entraram, em 2009, no Rock and Roll Hall of Fame e tiveram vários álbuns em primeiro lugar na Billboard 200, além de serem integrantes do "The Big Four" of thrash metalCom seus integrantes, James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Robert Trujillo, a banda consegue elevar a adrenalina dos seus fãs em shows impactantes, formando coros de milhares de pessoas.

Sou um grande fã desta banda, mesmo que eu nunca tenha ido a um show deles, me encanto assistindo os DVDs da banda, viajo ouvindo Hammett tocar seus solos, emociono-me quando Ulrich se levanta da bateria pra tocar Master of Puppets, fico elétrico quando Trujillo faz suas poses no baixo e sinto uma mistura de felicidade e tranquilidade quando ouço Hetfield cantandoas músicas sem perder o ritmo de sua guitarra.

Difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar do Metallica, mas caso você seja uma dessas pessoas, não perca tempo, compre um CD deles ou pesquise no Google um pouco sobre eles, talvez você se interesse na banda e se transforme em um grande fã, assim como eu. Se você já conhece a banda, mas pensa que Metallica se limita apenas às suas músicas mais famosas como: Nothing Else Matters, The Unforgiven, Enter Sandman ou Master of Puppets, está na hora de você parar e apreciar um pouco mais as outras músicas deles. Segue abaixo uma das minhas músicas preferidas: Mama Said.


Música: Mama Said.


Fonte das imagens: Last.fm 

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