A fascinante Sétima Arte

Sou fanática pelo cinema (fato que você já deve ter percebido devido a se tratar de um tema frequente nos meus textos). Os filmes sempre foram uma grande paixão minha, tanto que passo noites e mais noites sem dormir assistindo-os. Há algum tempo comecei a pesquisar mais sobre o assunto - pesquisei sobre a origem e a evolução dessa incrível forma de expressão - e acabei me apaixonando mais ainda.

Tudo começou quando os irmãos Lumiére, no ano de 1895, inventaram o cinematógrafo e ficaram conhecidos historicamente como os fundadores do cinema. Nesse mesmo ano, aconteceu também a primeira sessão de cinema, proporcionada justamente pelo trabalho desses franceses. Seus filmes eram pequenos, com aproximadamente três minutos cada, e dentre esses primeiros filmes a serem exibidos estava A Chegada do Trem na Estação, que mostrava, obviamente, a chegada de um trem a uma estação ferroviária. Reza a lenda que, conforme a locomotiva aproximava-se cada vez mais da câmera, os espectadores começaram a pensar que seriam atropelados pela máquina, correndo alucinadamente para fora das dependências do teatro. Era o início de uma das evoluções mais importantes da Era Pós-Industrial, ainda estranhada pelos olhos virgens da população ignóbil da época - e quando falo ignóbil, me refiro ao sentido tecnológico, não cultural. Nos dias atuais, um simples vídeo de três minutos com um trem chegando à estação pode parecer simplório e ser tachado como besteira, entretanto, imagine-se vivendo no século XIX, época na qual tudo referente à tecnologia era novidade, e me responda como você se sentiria e qual seria sua reação? Provavelmente a mesma do pequeno grupo de telespectadores dessa sessão de cinema.

A Chegada do Trem na Estação
No início de sua História recente, o cinema tinha como propósito produzir filmes documentais, registrando paisagens e simplórias ações da natureza. Os irmãos franceses, por sua vez, decidiram enviar homens portando câmeras a diversos lugares do mundo, tendo como objetivo registrar imagens de diversos lugares do globo e levá-las a Paris, difundindo, assim, as diferentes culturas. Os espectadores, então, iam ao cinema para fazerem uma espécie de viagem pelo mundo. Via-se ali, então, um grande e contextual significado para uma invenção ainda pouco desmembrada pela humanidade.

Com o passar do tempo, os filmes começaram a ter por objetivo contar histórias. Nessa época, os filmes possuíam forte cunho teatral, porém, a necessidade de evolução, da procura de um referencial, levara outro francês, George Méliès - se você assistiu A Invenção de Hugo Cabret, provavelmente deve conhecê-lo - a definir uma característica presente no cinema até os dias atuais: filmar uma ideia baseada em obra literária - nesse caso na obra de um outro francês, Júlio Verne. (É notável a presença da França na evolução da cultura mundial.) Méliès enviou o homem à lua através da construção de uma nave espacial no curta-metragem que fora o precursor da ficção cinematográfica - estou falando de Viagem à Lua, de 1902. A partir de então, o mundo do cinema modificara-se completamente.

Histórias com construção narrativa passaram a ser contadas, fazendo com os espectadores fossem atraídos por enredos envolventes, personagens carismáticos e outros elementos inexistentes nas primeiras experiências cinematográficas. Alguns filmes finalmente foram capazes de fazer com que as pessoas se sentissem inseridos na história e alguns personagens de fazer com que os espectadores se apaixonem e/ou os odiassem. (Confesso que meu filme preferido, Laranja Mecânica, me fez odiar e amar o protagonista.)

A partir da década de 1910, o cinema deixou de ser um espetáculo circense e passou a levar consigo um grande contexto comercial. E que atualmente - e infelizmente - tem sido uma das características mais marcantes do cinema em especial o produzido nos EUA.

Eu, particularmente, sou capaz de ficar uma semana trancada no quarto apenas assistindo a filmes e admirando aquilo que mais me chama atenção. Sou daquelas que assiste ao filme favorito sempre, que vive conversando com os amigos sobre filmes, que escolheu como profissão o cinema. Enfim, minha vida ultimamente se resume a assistir e admirar a tão bela e fascinante Sétima Arte.

Fonte das imagens: La Vie en Rose Moda.

1 comments:

  1. Muito bom o seu texto não sou cinefólo,mas adoro cinema, a minha memoria é muito ruim para eu gravar nomes de filmes,diretores e atores,rsrsr parabéns vou devorar cada artigo da galera aqui do fragmentos,rsrs

    ResponderExcluir