Markus Frank Zusak, ou apenas Markus Zusak, autor de livros para jovens como "O Azarão", "Bom de Briga", "A Garota Que Eu Quero" e "Eu Sou o Mensageiro", é um escritor australiano famoso pela sua obra-prima "A Menina Que Roubava Livros". Lembrou? Pois é, muitas pessoas já o leram e é muito difícil encontrar um leitor que tenha se decepcionado com o mesmo. Por quê? Simplesmente porque Zusak conseguiu, de uma forma brilhante e leve, contar um pouco da história da Alemanha Nazista, ou do "outro lado da Alemanha Nazista", como ele mesmo disse, já que ele procura abordar o lado "rebelde" de alguns dos alemães que se recusavam a seguir determinadas regras impostas pelos nazistas, que escondiam judeus em seus porões etc.
Quem leu o livro bem sabe, não tem como não se apaixonar pela protagonista, a tal roubadora de livros, pelo seu melhor amigo (ou como ele tal achava), pelo judeu instalado em seu porão, pelo seu pai... E o melhor, tudo isso contado por uma personagem bem presente nesse período: a morte. Além de se apaixonar, só os corações de pedra podem conseguir não se emocionar com o livro, e não só no final, como de costume. O livro inteiro é comovente e tem partes que até tememos continuar a leitura. Antes que eu me esqueça, tenho que dizer que, além disso tudo, o belíssimo livro ainda nos ensina algumas poucas palavras em alemão, como Saumensch ou Saukerl.
Mas, como o meu objetivo aqui não é apenas falar desse livro, e sim de todos os quais eu tive o prazer de ler, vou passar para outro, coincidentemente o segundo livro que eu li do autor: "Eu Sou o Mensageiro". Esse livro, com o qual ele conquistou o prêmio Printz Honor, em 2006, na categoria de melhor autor de livros juvenis, também foi bastante lido, pelo menos pelos meus conhecidos, e tem, não tenho receio de dizer, a mesma genialidade de "A Menina Que Roubava Livros". Além disso, ele foi escrito como qualquer livro deveria ser escrito: com parágrafos curtos, para não ser cansativo, linguagem fácil e divertida, e uma história incrível.
Como de costume, as personagens de Zusak são pessoas comuns, simples e frustradas/sem muitas perspectivas, o que não deixa de ser uma das coisas que mais nos cativam. Seguindo essa regra, o livro trata da vida de Ed Kennedy, jovem taxista de 19 anos, órfão de um pai alcoólatra e filho de uma mãe não muito amigável. Além de nos apaixonarmos por Ed e de nos identificarmos com a sua ideia de insignificância e inutilidade, sua vida rotineira, seu cachorro viciado em café e tantas outras coisas, a narrativa não para de nos surpreender a todo momento quando Ed recebe sua primeira carta de baralho misteriosa em seu correio. Sério, eu, que sou uma pessoa que normalmente levo um bom tempo pra terminar um livro, devorei-o incansavelmente.
Por fim, fecho o meu acervo de Markus Zusak com a trilogia dos irmão Wolfe, seguida pelo "O Azarão", "Bom de Briga" e "A Garota Que Eu Quero". Não, eu ainda não li os três, estou ainda terminando o segundo livro. Bem, a trilogia, pelo menos os dois primeiros livros, é narrada em primeira pessoa por Cameron Wolfe, um garoto de 15 anos, que, assim como o Ed de "Eu Sou o Mensageiro", é um frustrado que se decepciona constantemente com a vida, inclusive com o seu próprio (mal) comportamento e o de seu irmão Rube, que inclui até roubos (a maioria não passando do plano das ideias, já que nem pra isso eles prestam). Cameron mora com seus pais, seus dois irmãos mais velhos (Ruben e Steve) e sua irmã mais nova, Sarah. Sua casa é bem simples, já que as condições financeiras não são das melhores, pois eles sobrevivem apenas com o dinheiro do emprego de encanador do pai - exceto Steve, é claro, pois ele é um "vencedor" nato e pode muito bem se sustentar.
Uma das coisas que me chamou a atenção em "O Azarão" (o qual só vamos realmente entender o título no segundo livro), é que, no final de cada capítulo, Cameron o encerra com a descrição de um sonho, que nos mostra um pouco do que passa no inconsciente dele e que, normalmente, nos dá uma ideia do que vai acontecer no próximo capítulo. Já no "Bom de Briga", a família Wolfe sofre por verdadeiras dificuldades financeiras após um incidente de trabalho que deixa o seu provedor desempregado. Com isso, Cameron e Rube se vêem na obrigação de fazer algo pra ajudar a pagar pelo menos as suas próprias despesas e deixar a expressão do seu velho, como ele o chama, mais feliz, já que tanto ele como a sua mãe não aceitam a ajuda de Steve, por puro orgulho.
Uma das coisas que me chamou a atenção em "O Azarão" (o qual só vamos realmente entender o título no segundo livro), é que, no final de cada capítulo, Cameron o encerra com a descrição de um sonho, que nos mostra um pouco do que passa no inconsciente dele e que, normalmente, nos dá uma ideia do que vai acontecer no próximo capítulo. Já no "Bom de Briga", a família Wolfe sofre por verdadeiras dificuldades financeiras após um incidente de trabalho que deixa o seu provedor desempregado. Com isso, Cameron e Rube se vêem na obrigação de fazer algo pra ajudar a pagar pelo menos as suas próprias despesas e deixar a expressão do seu velho, como ele o chama, mais feliz, já que tanto ele como a sua mãe não aceitam a ajuda de Steve, por puro orgulho.
É isso, se eu pudesse resumir os livros de Zusak em poucas palavras diria apenas que eles são a prova de que o simples pode ser belo. Com uma linguagem leve e com lições pra vida, Zusak, com certeza, consegue agradar muitos leitores, como eu.
Fonte das imagens (respectivamente): Kirstlily, Fechei com Ele e Otome Pensadora.
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