Se perguntando por que tem uma foto de um menino e o título é "Pequena Jazz"? Fácil, isso é porque a pequena Jazz, na verdade, nasceu como um menino biologicamente perfeito e, como sua mãe mesmo explicou, sem nenhuma anomalia cromossômica ou nada do tipo. O que aconteceu, no entanto, é que esse menininho percebeu que algo estava errado e que deveria, na verdade, ser uma menininha. Assim sendo, foi, aos três anos de idade, diagnosticado com transtorno de identidade de gênero.
Mas isso de uma hora pra outra? Não, segundo seus pais, seus dois irmãos e sua irmã mais velhos, Jazz nunca foi um menino. De acordo com eles, desde bebê, Jazz preferia roupas e brinquedos de menina e seus pais não se recordam de ela um dia ter se identificado com a sua condição biológica. Um fato interessante a respeito disso, foi quando ela, aos 2 anos de idade, perguntava a sua mãe quando a fada madrinha viria para trocar sua genitália.
Porém, o que chama a atenção no caso de Jazz é que ela tem uma história um pouco diferente da maioria, pelo menos da maioria conhecida, dos transexuais. Mas, para falar sobre essa diferença, deixe-me primeiro esclarecer o que é esse transtorno de identidade de gênero: esse transtorno refere-se à convicção que cada um tem
sobre si de ser homem ou mulher, ou seja, é um transtorno psicológico caracterizado por um desconforto persistente
com o próprio sexo e por um sentimento de inadequação no papel social
desse sexo. Esse diagnóstico não pode
ser feito se o indivíduo tem uma condição física que torne seu sexo
ambíguo e a atração sexual, ser por homens, mulheres ou terceiro gênero,
não é analisada no diagnóstico.
A diferença do seu caso começa, sem dúvida, pela sua família. Jazz teve a imensa sorte de ter uma família excepcional que não só a apoiou em tudo desde o início (não incentivou, pois, como, eles mesmo disseram, ninguém iria desejar isso), levando-a a especialistas, a grupos realizados em universidades para melhor esclarecer o seu transtorno e, constantemente, lutando contra a sociedade e suas regras que muitas vezes a proíbem de realizar certas coisas específicas para meninas, como, por exemplo, jogar na liga feminina de futebol ou, até mesmo, usar o banheiro feminino.
A diferença do seu caso começa, sem dúvida, pela sua família. Jazz teve a imensa sorte de ter uma família excepcional que não só a apoiou em tudo desde o início (não incentivou, pois, como, eles mesmo disseram, ninguém iria desejar isso), levando-a a especialistas, a grupos realizados em universidades para melhor esclarecer o seu transtorno e, constantemente, lutando contra a sociedade e suas regras que muitas vezes a proíbem de realizar certas coisas específicas para meninas, como, por exemplo, jogar na liga feminina de futebol ou, até mesmo, usar o banheiro feminino.
Outra grande diferença no caso de Jazz é o fato de que, ao contrário da maioria dos transgêneros, ela não precisou viver na obscuridade, se escondendo da família, dos amigos ou de qualquer pessoa. Jazz, obviamente devido ao apoio e à ajuda da família, pôde ser ela mesma desde bem nova.
Tudo começou (essa história de ser ela mesma e de se vestir como uma menina) quando ela tinha apenas, se não me engano, 3 anos de idade e decidiu que iria vestir um maiô feminino no seu aniversário. No início, os pais ficaram com medo, mas decidiram deixá-la usar o que ela quisesse, afinal, era seu aniversário. Depois dessa repentina aparição como menina, Jazz passou a se vestir apenas como tal, deixou o cabelo crescer, furou as orelhas etc.
Bem, a vida da pequena Jazz, e de toda a sua família, mudou completamente a partir disso. Ela perdeu alguns amigos, sofreu alguns preconceitos por pessoas que achavam que a família dela estava cometendo um erro e que ela mesma era um erro etc, mas ela, junto com sua família, conseguia lidar de uma boa forma com tudo isso. O seu problema real chegou quando ela atingiu a idade dos 11 e, consequentemente, teria que passar pela puberdade, o que significava pelos no rosto e no peito, mudança no timbre de sua voz, entre outras coisas que sabemos que os meninos desenvolvem.
Esse sim era o seu verdadeiro temor, pois, desde bem nova, ela tinha constantes pesadelos a respeito dos pelos. O que ela tinha que fazer, então, era decidir se queria ou não passar por ela, podendo evitá-la com tratamentos hormonais, porque a puberdade só vem uma vez na vida. A esse respeito, Jazz tinha bem claro que não queria passar por isso e, acima de tudo, que queria ter peitos, até mesmo porque, nas palestras já mencionadas em universidades, Jazz percebia que um dos maiores arrependimentos dos transgêneros presentes, era ter passado pela puberdade.
Assim sendo, o tratamento de Jazz consistiria em hormônios que bloqueassem as características masculinas de se desenvolverem, seguido por hormônios que finalmente fariam com que ela se desenvolvesse como menina e, o último passo, se assim ela decidir, seria a cirurgia para a troca de sexo, que provavelmente ela só conseguiria quando atingisse 18 anos.
Outro fato que chamou a minha atenção na pequena Jazz foi a imensa admiração que ela tinha pelas sereias. No início, assim como sua mãe, achei que fosse apenas a admiração que uma menina comum sentia por qualquer ser mágico, mas quando Jazz se pronunciou, fiquei boquiaberta: as sereias eram incríveis para ela, tanto que seu sonho era ser uma, porque elas não tem nada "lá em baixo".
Outro fato que chamou a minha atenção na pequena Jazz foi a imensa admiração que ela tinha pelas sereias. No início, assim como sua mãe, achei que fosse apenas a admiração que uma menina comum sentia por qualquer ser mágico, mas quando Jazz se pronunciou, fiquei boquiaberta: as sereias eram incríveis para ela, tanto que seu sonho era ser uma, porque elas não tem nada "lá em baixo".
Por fim, espero que todos tenham se encantado com a pequena Jazz, assim como eu, e que tenham entendido um pouco mais sobre o transtorno de gênero. Trago, então, o vídeo, infelizmente sem legenda, do documentário I am Jazz: a family in transition e um recado que ela gostaria de dar a todos: "Definitivamente estou animada para compartilhar a minha história,
pois quero ajudar outros transgêneros a serem fiéis consigo mesmos. Um
monte de crianças transexuais não têm o apoio da família como eu, e eu
quero compartilhar isso para mostrá-las que é certo sair de suas sombras
e contarem para seus pais como eles realmente se sentem por dentro.
Então, estou feliz de mostrar a minha vida para outras crianças e
dizer-lhes que ainda podem ser amadas sendo transexuais e amarem a si
próprias também."
Fonte das imagens (respectivamente): WindyCity MediaGroup, Janet Mock e TV Magazine.
Amei ver a historia de Jazz.Muito linda e bom que ela teve o apoio total de sua família.PARABÉNS aos seus pais que souberam compreender e ajuda-la nessa dificel decisao.É muito impo
ResponderExcluirrtante o apoio dos pais.isso evitaria muitos casos tristes de suicidios.