Se você é um jovem que se interessa por esse extenso mundo das séries, você, provavelmente, já deve ter ouvido falar sobre a série inglesa Skins ("Juventude à Flor da Pele", no Brasil). O que você pode não saber é que, recentemente, sua última temporada foi ao ar, finalizando assim uma das melhores séries de drama já feitas e se despedindo, definitivamente dessa vez, de sua legião de fãs. E é sobre essa série, a qual me marcou bastante, que irei tratar.
Preciso admitir que não acompanhei a série inglesa desde o seu lançamento em 2007, mas sim a partir da versão americana da mesma lançada em 2011, a qual tinha o mesmo nome. Infelizmente, ainda que eu tenha gostado mais da versão inglesa, a versão americana não sobreviveu à sua primeira temporada, isso, pelo o que me lembro, por conta da cultura “puritana” de boa parte dos americanos, onde é inaceitável uma série tratar de assuntos delicados, como sexualidade e drogas. E por conta desse movimento contra a exibição do seriado nos EUA, vários patrocinadores do programa o deixaram e, então, a MTV decidiu não renová-la para mais uma temporada. Os personagens das duas versões são bastante similares, tendo como maior diferença a troca de um personagem gay por uma lésbica na versão dos EUA.
Depois de ver toda a temporada de
Skins US, fiquei desapontado com o cancelamento dela ao ponto de ter ido buscar
na original um consolo, e fico feliz por tê-lo feito, a Skins UK me surpreendeu,
os dramas e os relacionamentos retratados eram mais maduros, intrigantes e até
mais caricatos que os da sua versão norte-americana, o que não diminuía de forma
alguma seu brilho.
Além dos temas delicados sobre os
quais a série tratava, Skins também se diferenciava pelo fato de seu elenco
todo, ou quase, ser trocado a cada duas temporadas, caracterizando assim cada
troca de elenco como uma geração. Outra tradição da série é que, a cada geração, um de seus personagens principais morre, portanto, prepare seu coração. O seriado
teve sete temporadas ao todo, sendo assim três gerações, e na temporada final
foram feitos seis episódios especiais, sendo dois episódios para cada um dos
três personagens escolhidos dentre as duas primeiras gerações (as melhores),
focados nos personagens Effy, Cassie e Cook, mas outros personagens antigos, e
outros novos também, surgem para contribuir com a trama.
Vale lembrar que Skins é apenas
uma ótima série de drama juvenil, e esperar que sua vida se torne tão excitante
quanto é a dos personagens da série é um pouco demais, por isso não parta para
esse lado. Skins, ainda que seja uma obra de ficção, é capaz de entreter e de ensinar
lições que podem, sim, ser levadas para a vida real, os relacionamentos e os
acontecimentos que compõem a série, embora, muitas vezes, pareçam absurdos, conseguem
se assemelhar bastante à realidade de
nós, jovens.
Por fim, é impossível, por
exemplo, não simpatizar com Sid e odiar Tony ainda nos primeiros episódios da
série e também de não se criar uma relação de amor e ódio com Cook e Effy mais
para frente, na segunda geração. A terceira geração também tem seu mérito, Rich
e Franky são ótimos personagens, chegando,
enfim, à conclusão da série, com uma homenagem, à altura das temporadas
anteriores, a três dos personagens mais marcantes da série. E é isso, Skins é
uma série que merece e deve ser vista por todos os jovens, principalmente, pois
ela nos dá, nessa fase tão conturbada da vida, uma perspectiva sobre o que nós
podemos enfrentar algum dia e como lidar, ou não, com isso.
Fonte das imagens (respectivamente): Call Me Hollywood e Mais Magenta.
Pow... Skins é legal, mas tem uma série brasileira que na minha (humilde) opinião só perde pra primeira temporada de Skins: A menina sem qualidades. Caramba!!! Renderia bons posts aqui blog. Voltando pro texto...Muito bem escrito cara.A cada dia vcs melhoram mais e mais. Parabéns.
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