Na esportiva

Não sou um fã de esportes - tenho apenas um comedido interesse por jogos de basquete -, mas não tenho nada contra a maior parte dos esportes em si, meu grande problema, mesmo, está muitas vezes ligado à atitude imbecil de alguns torcedores, e é, basicamente, sobre isso que meu texto irá tratar, meu desprezo por certos aspectos "esportivos". Por isso, seja prudente antes de continuar a lê-lo.

Começarei falando sobre a dita "paixão nacional", o futebol, o qual é considerado sagrado por alguns idiotas torcedores, os quais costumam ter sérios problemas para lidar com críticas ao seu idolatrado grupo de homens correndo atrás da bola (ou seriam empurrados pelo dinheiro?). Nesse caso, não tenho problema algum com o esporte, inclusive, joguei futebol na rua diversas vezes quando mais jovem. Mas não me vem à cabeça nenhum outro esporte no qual a qualidade do time, quase sempre, esteja diretamente ligada à quantidade de dinheiro que o mesmo possui. Alguém pode me dizer como posso respeitar um esporte no qual um time gasta mais de 150 milhões de reais na contratação de apenas um jogador?

Lealdade

"Serei, serei leal contigo
Quando eu cansar dos teus beijos, te digo
E tu também liberdade terás
Pra quando quiseres bater a porta
Sem olhar pra trás"
Lealdade - Caetano Veloso

Lealdade é um conceito que pode levar a muitos caminhos. Ser leal a uma empresa, a uma pessoa, a um time, a uma banda... mas o que é, realmente, a lealdade?

Definir lealdade não é fácil, isso depende do ponto de vista. Este é o meu: lealdade é uma mistura de compromisso, fidelidade e sinceridade, tudo em uma palavra só. Nessa definição, vejo o cão como melhor símbolo.


A publicidade, o consumo e a criança

Diz-se que existem três poderes: o Legislativo, o Judiciário e o Executivo. Mas, na verdade, há um quarto poder: a Mídia, cuja grande habilidade é a de influenciar. E, no mundo atual, a maior expressão da Mídia é a televisão, mantida a partir da publicidade e da propaganda, que buscam, acima de tudo, vender produtos, opiniões e estilos de vida.

Essa publicidade e essa propaganda são, muitas vezes, abusivas, feitas para atingir os mais vulneráveis à manipulação: as crianças. Dessa forma, empresas associam seus produtos a brindes, embalagens atrativas e personagens queridos pelo público infantil para conseguirem, predatoriamente, vender.

Especial: Feira Pan-Amazônica do Livro

Ontem, dia 21, às 14 horas, teve início a 16ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém. A Feira, realizada anualmente, é o maior evento literário do Norte do país e, este ano, espera receber 450 mil pessoas e apresentar 90 mil títulos de 500 editoras. Ademais, estarão presentes escritores de renome, como Ariano Suassuna, Luis Fernando Veríssimo, Martha Medeiros, o quadrinista Maurício de Sousa e os portugueses Gonçalo M. Tavares, Lídia Jorge e José Luis Peixoto.

O tema escolhido para ser discutido na Feira, realizada em plena Amazônia, não podia ser outro: sustentabilidade. Logo,  meio ambiente, água e recursos minerais serão alguns dos assuntos que estarão no foco de discussão do evento.

O homenageado pela Feira este ano é o maestro paraense Wilson Fonseca, o Isoca, conhecido por difundir o folclore e a História da Amazônia a partir de suas composições e que, este ano, completaria 100 anos caso ainda estivesse vivo. Além disso, este é um ano mais que especial para a literatura brasileira, pois, em 2012, comemora-se também o centenário do nascimento de dois dos maiores nomes das nossas letras: Jorge Amado e Nelson Rodrigues.

Já o país homenageado nesta edição da Feira será Portugal, e não coincidentemente, uma vez que 2012 foi escolhido como o Ano de Portugal no Brasil. Ironicamente, no mesmo ano em que se completa 190 anos da Independência do Brasil, o país tem a chance de, sem mágoas, redescobrir sua antiga metrópole. De acordo com o Ministério da Cultura, o Ano de Portugal no Brasil tem como objetivo "promover encontros que estimulem a criatividade e a diversidade do pensamento, das manifestações artísticas e culturais dos dois países, além de intensificar o intercâmbio científico e tecnológico e estreitar as relações econômicas entre as duas margens", e um desses encontros entre os dois países é justamente a Feira Pan-Amazônica do Livro. Os portugueses não foram responsáveis apenas pela colonização de nosso país, mas também estão ligados intrinsecamente às nossas raízes culturais, sendo Portugal, inclusive, o país de origem de nossa língua oficial, o português, o que, automaticamente, torna-os diretamente ligados ao desenvolvimento de nossa literatura.

Infelizmente, o Brasil possui um índice de leitura muito baixo, mesmo apresentando uma produção literária excepcional, representada por expoentes como Machado de Assis, João Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Clarice Lispector, José de Alencar, Jorge Amado, entre outros. Eventos como a Feira Pan-Amazônica do Livro tentam modificar esse aspecto da nossa (falta de) cultura, buscando incentivar esse hábito tão benéfico para o indivíduo e para a sociedade como um todo.

Por isso, achamos que seria inevitável fazer um especial tratando de alguns dos representantes da nossa tão rica literatura nacional. Além de falar sobre alguns escritores, escolhemos livros de cada um deles para indicar aos que irão visitar a Feira. Esperamos, dessa forma, ser capazes de estimular a leitura. Sem mais delongas, aqui eles estão:


Você faria o mesmo?


Ultimamente, venho pensando muito nas palavras "honestidade", "companheirismo" e "superação", por ter presenciado, lido e assistido algumas coisas que envolviam essas palavras, me trazendo um questionamento, com isso faço a pergunta: você faria o mesmo?

Um vício chamado séries


Histórias muito envolventes, dramáticas, tristes, emocionantes, que dão medo ou que nos arrancam risadas. As séries fazem parte da "vida social" e da rotina da sociedade, principalmente dos jovens de hoje em dia, e variadas são as opções: conto de fadas (Once Upon a Time), terror (The Walking Dead, American Horror Story, Supernatural), suspense (Pretty Little Liars, The Vampire Diaries, Fringe, Dexter) e, claro, comédia (Two and a Half Men, How I Met Your Mother, The Big Bang Theory, Modern Family, The Office, Glee), entre outros gêneros. Quem nunca perdeu madrugadas de sono pela ansiedade de assistir o próximo episódio ou nunca se desesperou por perder um download no finalzinho não sabe da emoção que é viver em uma outra realidade durante aproximadamente 45 minutos. 

Ray

Ray Charles Robinson, ou apenas Ray Charles, como é conhecido, não é nenhum artista novo, tampouco desconhecido. Acredito eu que a maioria das pessoas já esteja familiarizada com a sua imagem. Porém, não são muitos os que já dedicaram um tempo a conhecer sobre sua vida e música, principalmente quando se trata das pessoas mais jovens.

Ray nasceu em 23 de setembro de 1930, durante a Grande Depressão. Filho de negros pobres, foi criado basicamente pela mãe, Aretha, junto com o irmão mais novo. Ao contrário do que muitos pensam, Ray não nasceu cego. O cantor só perdeu a visão aos sete anos de idade – ninguém sabe exatamente o porquê. Porém, antes que isso acontecesse, Ray assistiu à morte do irmão, que se afogou em uma bacia enquanto brincavam. Tal acontecimento assombrou Charles durante toda a sua vida - e impulsionou seu vício em heroína, do qual, posteriormente, conseguiu se livrar -, principalmente pela culpa que sentia por não tê-lo salvo.  

O cemitério dos vaga-lumes

Quando as pessoas costumam falar sobre o Japão, é normal relacionarem o mesmo a um país desenvolvido, com muitas tecnologias e riquezas. Enfim, as pessoas veem o Japão apenas como ele é hoje. Agora, pare e imagine o país durante a Segunda Guerra Mundial. Imagine um Japão cheio de miséria, dor e sofrimento.

Dirigido por Isao Takahata e produzido pelo estúdio de animação Ghibli, o filme Hotaru no Haka ("O túmulo dos vaga-lumes"), apesar de ficção, relata exatamente a vida de muitas pessoas durante esse período.

Obcecado pela perfeição

"Depois de cinco tomadas, qualquer pessoa no mundo consideraria minha filmagem boa. Depois de catorze, seria quando até eu a consideraria perfeita. Mas depois de trinta, eu estava entrando em um novo domínio. Eu estava realmente consciente onde este pé ou aquele dedo estavam. Era fantástico." (Garret Brown, inventor e operador do Steadycam em O Iluminado)

Com uma carreira que durou cerca de 50 anos e autor de apenas doze filmes e dois curtas, o norte-americano Stanley Kubrick poderia passar por preguiçoso. Isso se ele não tivesse sido o obsessivo perfeccionista criador de grandes obras-primas como 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) e Laranja Mecânica (1971). 

Stanley era conhecido por ser extremamente exigente com os atores que faziam parte de seus filmes. Em seu último filme, De Olhos Bem Fechados (1998), conseguiu chegar a cem inacreditáveis takes em uma única cena.

Cidadãos de bem

Sou um jovem adulto - uma espécie de meio-termo entre adolescente e adulto - cheio de incertezas sobre o futuro. E, como tal, tenho observado os adultos, grupo do qual, em pouco tempo, farei parte, procurando modelos de vida em familiares, professores, pais de amigos etc. Eles são pessoas "de família", bons cristãos, e fizeram tudo o que se espera de uma boa pessoa: terminaram a universidade, constituíram uma família e são bem sucedidos. Quem melhor para se espelhar?

Infelizmente, o que vi desses cidadãos ditos "de bem", em geral, não me agradou. Tenho observado, pelo menos na minha cidade, uma classe média cada vez mais reacionária e hipócrita, nos mais diversos aspectos.

Consumidos

Quando eu ainda estava no Ensino Médio, durante uma aula de Matemática em que eu não estava dormindo, o professor comentou sobre um desafio proposto por um instituto matemático, o qual foi feito no ano 2000, e tratava-se da resolução de sete problemas matemáticos, sendo esses considerados os "problemas do milênio". O professor nos contou que um dos problemas havia sido resolvido por um matemático russo, e o mesmo recusou o prêmio de US$ 1 milhão, dado a quem for capaz de resolver cada problema, afirmando estar satisfeito apenas por sua solução estar correta.
Grigory Perelman, o matemático russo.

Poliamorismo

Há algum tempo venho observando uma movimentação em relação aos termos "poliamorismo" e "relacionamento poliafetivo": recentemente, saiu na mídia o caso de um juiz que oficializou a união de três pessoas e, com isso, questões muito sérias - para não chamar de polêmicas - foram levantadas: hoje em dia, até onde vai o conceito de família no Brasil e seria o poliamor uma espécie de poligamia?

É do conhecimento de todos que em muitos países a poligamia é uma orientação cultural, e um homem casar-se com mais de uma mulher é perfeitamente tido como "normal". Então, o que difere o poliamor da poligamia?

A poligamia é uma cultura muito antiga e em países como a África do Sul, Marrocos, Israel e Etiópia a união estável de um homem com várias mulheres é extremamente conveniente e socialmente aceitável. O poliamor ou relacionamento poliafetivo, por sua vez, já vem de uma escolha pessoal e sentimental entre mais de duas pessoas, é um relacionamento consentido e baseado em afetividade.

Violência e criminalidade: do jovem, para o jovem

A violência e a criminalidade entre os jovens (tanto os que praticam quanto os que são vítimas) é um problema real, agravante e muito preocupante no Brasil. Essa mazela tem várias e diferentes causas e, por isso, é muito complexa de se entender. Assim, é necessário que não apenas se busquem as causas, mas, principalmente, que se encontre a solução. 

427442 15 de abril dia do desarmamento infantil 1 15 de abril: Dia do Desarmamento InfantilOs jovens que são vítimas da violência e da criminalidade saem de casa sem a garantia de voltar a salvos, a rua não é segura. Aqueles que praticam (a violência e a criminalidade – e, no fundo, também são vítimas delas) geralmente saem de casa em busca de oportunidades de melhoria de vida já que têm pouquíssimas perspectivas de futuro – e de presente. Mas é claro que cada caso é um caso. Há aqueles que praticam a violência sem apresentar o quadro de cotidiano retratado no parágrafo anterior, assim como os que são vítimas. Repetindo: as causas são variadas, o problema é complexo, deve-se focar nas soluções.