Você faria o mesmo?


Ultimamente, venho pensando muito nas palavras "honestidade", "companheirismo" e "superação", por ter presenciado, lido e assistido algumas coisas que envolviam essas palavras, me trazendo um questionamento, com isso faço a pergunta: você faria o mesmo?

Primeiro venho falar de algo o qual presenciei em um dos meus trabalhos (sou caixa de um restaurante chamado Casa Branca). Bem, em um pacato dia, uma família - composta por um homem e três mulheres - veio almoçar e conversar, como qualquer outra família aparentemente feliz. Passara-se 1 hora e a família permanecia no local, quando, enfim, vieram pagar a conta. Deu um total de R$60,00, divididos em 2 comandos de R$30,00 cada. O senhor me deu uma nota de R$100,00, o que daria um troco de R$40,00, porém, por uma desatenção minha, tirei o troco somente de um dos comandos, dando pro senhor um troco de R$70,00. Só me dei conta do erro quando ele estava saindo do restaurante (e o senhor estava contando o dinheiro, ou seja, ele sabia do meu erro). Logo em seguida entra um outro cliente e me pergunta: "Qual o papo?", apenas respondi: "O papo é que eu acabei de passar R$40,00 a mais de troco para aquela família que acabou de sair", após um breve diálogo dele reclamando sobre a desonestidade do senhor, ele sai correndo porta afora do restaurante perseguindo o dito-cujo que já se encontrava no final da esquina. Rapidamente, o senhor percebe a perseguição, entra no carro e vai embora. Com bastante indignação ele (o perseguidor honesto) volta para o restaurante contando como odeia pessoas desonestas. Apesar do erro ser meu, me surpreendi com o senso de justiça do rapaz, o que fez com que eu me perguntar: eu faria o mesmo?

Vamos fingir que o restaurante no qual trabalho seja mais ou menos assim.
Falar sobre honestidade e companheirismo, além de superação, me faz lembrar de um filme que vi recentemente, Intocáveis (2011), e de um manhwa, Can't See Can't Hear But Love.

Intocáveis (2011) é um filme que fala sobre um rico tetraplégico e seu companheiro que passara alguns meses na prisão, mostrando a força da amizade que os dois acabaram construindo. Philippe (o rico tetraplégico) só queria ser tratado como qualquer outra pessoa, sem que sentissem pena dele por sua condição, por isso a amizade entre ele e Dryss (seu companheiro) era tão forte: Dryss não liga para a condição de Philippe e acaba envolvendo-os em algumas situações perigosas e hilárias.

Já Can’t See Can’t Hear But Love é um manhwa (pra quem não sabe, é o nome designado aos quadrinhos coreanos, assim como mangá é designado pros japoneses) que fala sobre um manhwaga (desenhista de manhwa), que ficou cego após tantos anos de esforços exagerados, cuja esposa é deficiente auditiva e cuja mãe sofre de transtornos mentais. Mostra como So Ri (a deficiente auditiva) se esforça para cuidar de seu marido e sua sogra, sempre com um sorriso no rosto e sem jamais demonstrar infelicidade.

Considero-me uma pessoa "fraca". Talvez eu não correria atrás de justiça e não teria tanta força de vontade como a So Ri. Companheirismo talvez seja a única coisa que eu possa ser capaz. Não sou uma pessoa que vive pelos outros, tento apenas ajudá-las quando posso.

Após todo esse texto, volto a fazer a mesma pergunta: você faria o mesmo?

Fonte das imagens (respectivamente): Viaje Aqui, Assim se faz e Tumblr.

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