Ontem, 15 de outubro, foi celebrado
no Brasil o Dia dos Professores. Por conta disso, resolvi escrever sobre dois
filmes fantásticos, os quais estão intrinsecamente ligados à relação dos
professores com seus alunos, de onde podem ser aprendidas lições valiosíssimas,
por ambas as partes. Os filmes são Monsieur Lazhar ("O Que Traz Boas Novas") e
Detachment ("Desapego").
Primeiramente, o filme canadense Monsieur Lazhar, escrito e dirigido magnificamente pelo premiado cineasta Philippe
Falardeau, conta a história de Bashir Lazhar, um argelino que
busca refúgio no Canadá, pois uma tragédia em seu passado o fez deixar
seu país. Ele decide, então, trabalhar como professor substituto em uma escola marcada
por uma tragédia: a professora a ser substituída por ele cometeu suicídio na
sala onde lecionava. A escola é primária, portanto, os
alunos são crianças com cerca de 12 anos, e isso dá um ar mais inocente ao
filme, mas isso não impede a abordagem de temas delicados.
Com o desenvolver do filme, as relações são aprofundadas, envolvendo basicamente os professores, os alunos e suas respectivas famílias. É incrível a capacidade da obra de nos envolver, sendo através dos textos lidos na classe de francês, de situações belas e inusitadas e das ótimas atuações, inclusive das crianças. Isso, sem citar o final incrivelmente lindo. Enfim, drama e comédia na dose certa.
Com o desenvolver do filme, as relações são aprofundadas, envolvendo basicamente os professores, os alunos e suas respectivas famílias. É incrível a capacidade da obra de nos envolver, sendo através dos textos lidos na classe de francês, de situações belas e inusitadas e das ótimas atuações, inclusive das crianças. Isso, sem citar o final incrivelmente lindo. Enfim, drama e comédia na dose certa.
Já Detachment é um filme "pesado",
os temas abordados são mais sombrios em comparação aos do anterior, ou seja, você provavelmente ficará deprimido e se dará conta da indiferença que costuma nos
envolver, tanto por pessoas próximas quanto desconhecidas, o que acaba por ter consequências
terríveis na vida de todos. Dirigido por Tony Kaye (A Outra História
Americana), o filme mostra, através da perspectiva de Henry Barthes - um professor
substituto brilhante, que, mesmo assim, evita envolver-se com seus alunos por
questões pessoais -, os acontecimentos
decorridos durante as três semanas de um homem como professor de inglês em uma escola de Ensino Médio.
Durante esse período, Henry se
envolve com três mulheres, o que dá embasamento para todo o filme, porém, outros
personagens são de fundamental importância. Uma delas é uma adolescente
fugitiva, a qual se prostitui e é constantemente violentada nas ruas, Barthes
acolhe a menina em sua casa e tenta tornar a vida dela mais digna e saudável. O envolvimento dos dois, com o desenrolar da história, é similar a de pai e
filha. Outra mulher é uma professora, Henry é bastante solitário e vê nessa
linda e interessante mulher uma oportunidade de se envolver com alguém e, quem
sabe, preencher esse vazio que parece consumi-lo constantemente. Por fim, mas
não menos interessante, a terceira e última mulher é uma de suas alunas, a qual
é muito talentosa, mas sofre bastante por não estar adequada aos padrões de
beleza, além da incompreensão de seus pais da sua maneira de ser, o que
acaba levando a uma tragédia.
Tentei não contar mais do que
deveria, mas espero, ao menos, ter despertado a curiosidade de vocês através
desse texto. O desenvolvimento da sociedade está diretamente ligado à educação e, nesse quadro, os professores são de fundamental importância. Aguardo pelo dia
em que os educadores deste país serão valorizados como devem, quando greves serão
desnecessárias e quando analfabetos não passarão de uma péssima lembrança. Mas
isso é assunto para outro texto, e viva à Sétima Arte!
Fonte das imagens (respectivamente): Filmow e Wikipedia.
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