Birdy e Russian Red: já ouviu falar?

Sabe aquela sensação de quando você escuta uma música e ela lhe faz sorrir, como se você esquecesse todos os seus problemas, limpasse a sua cabeça, para apenas ficar lá, ouvindo aquela música? Não sei se você, leitor, já se sentiu assim, mas admito que foi assim que eu me senti quando ouvi pela primeira vez as vozes de duas fantásticas cantoras: Jasmine e Lourdes. Com um estilo que passa pelo pop, folk, indie e rock, essas duas belas artistas, apesar de diferentes, encantam a todos com seus estilos suaves e originais.

Mas você deve estar se perguntando: quem diabos são Jasmine e Lourdes? Antes de mais nada, elas não são uma dupla nem nada do tipo, são apenas dois nomes da música indie que me chamam bastante a atenção e, provavelmente, você já ouviu sobre alguma delas e até ouviu alguma canção, se duvidar. Ou será que você nunca ouviu o cover de Skinny love, do Bon Iver, por Birdy, nem as belas canções da Russian Red? Bom, se for o caso, permita-me apresentar-lhe essas duas grandes cantoras que você pode amar ou odiar.

Soterramento de dignidade

Praticamente todo ano, no Brasil, centenas de pessoas morrem, ou perdem parentes e/ou conhecidos, em razão destas ocuparem áreas de risco, não é verdade? Meia verdade. Isso é o que nós ouvimos falar pela mídia todas as (frequentes) vezes em que casos como esses acontecem e por se tratar de uma meia verdade, torna-se uma mentira completa.

Por meio desse discurso transmitido (insistentemente) na mídia televisiva, os moradores de morros e favelas, em especial os pobres, são culpabilizados pelos deslizamentos de terra e inundações (e, consequentemente, por decretarem a sua própria morte), eximindo o Poder Público de qualquer responsabilidade.

Uma dose de cinema brasileiro, por favor

Decidi escrever um texto sobre o cinema brasileiro para tentar, apenas tentar, fazer com que as pessoas tirem da cabeça a ideia de que cinema nacional não é bom ou de que o cinema americano é infinitamente melhor. Já ouvi tantos absurdos sobre isso como, por exemplo, “cinema brasileiro é tão ruim que precisa de uma lei para nos obrigar a assistir”, me pergunto se pessoas que pensam dessa forma nunca assistiram a Central do Brasil, Cidade de Deus, Abril Despedaçado, Cinema, Aspirinas e Urubus e uma infinidade de outros filmes brasileiros que são verdadeiras obras-primas.

Virais da Internet

Olá, meu caro estudante e/ou trabalhador! Hoje, vou falar um pouco sobre economia e a bolsa de valores e sobre a forma como sou afetado por elas.  que não Bem, sendo mais direto, que tal falarmos um pouco sobre vídeos virais? Sim, são aqueles vídeos que circulam pela internet e que, de um dia para o outro, se multiplicam igual coelhos (ou melhor, igual Nyan Cats de uma hora de duração).

Estamos no século XXI e, como todos devem ter percebido, a internet cresceu de uma maneira monstruosa nos últimos 10 anos (Lembra quando você ouvia o barulhinho da sua internet discada conectando? Pois é). Anos atrás era difícil de acreditar que um vídeo poderia ter mais de um bilhão de visualizações. Hoje temos rappers coreanos que cantam ehhh sexy lady! (Sim, esse é o vídeo mais assistido da história do Youtube).

Eu poderia começar a criticar e falar como esses vídeos são para “retardados” e como a maioria deles não tem graça nenhuma, que passo o dia estudando e vendo filmes cult. Mas, assim como muitos de vocês, estaria sendo hipócrita. Sim, eu acho graça dessas besteiras e não vejo problema nenhum em vocês gostarem também.

Cidadania para quem?

Ao contrário do que muitos pensam, ser cidadão não significa apenas pertencer a uma comunidade, ter certidão de nascimento e, tampouco, ter o direito, que se tornou, em certo ponto, dever, de votar. Ser cidadão é algo muito mais básico e profundo que isso. Bem, se procurarmos por uma definição no dicionário, encontraremos algo como: cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado; indivíduo que possuí direitos civis, políticos e sociais que lhe garantem a participação na vida política, ou algo em torno disso.

No entanto, podemos afirmar que somos todos cidadãos? Que todas as pessoas gozam de todos os seus direitos - direitos esses que deveriam ser garantidos por esse Estado? Não. Basta olharmos com mais atenção para o já citado ato de votar, por exemplo. Como podemos afirmar que estamos exercendo nosso papel de cidadão enquanto votamos se nem sequer temos o poder de decidir quem serão os eleitos à disputa? Ou seja, estamos cada vez mais deparados a “cidadãos” que são apenas meros espectadores de uma política que nos é imposta, não tendo direito a escolhas, requisito básico para se pensar em cidadania.

Nossos desenhos dadás

Lembra quando você estudou o Dadaísmo no Ensino Fundamental e a professora mandou fazer aquela típica atividade de cortar palavras em revistas e juntar aleatoriamente? “Muito louco”, deve ter pensado, “Que sem noção”, “Como aqueles caras pensaram nisso?”. Pois é, se você acha que os “caras” pensaram nisso (no passado), está muito enganado: a verdade é que o Dadaísmo continua presente, e não é só na página Dadaísmo em quadrinhos, do Facebook. Não acredita? É só observar os desenhos animados atuais.

A tecnologia em tempos de guerra

No período que foi de aproximadamente 1945 a 1991, o mundo viveu a famosa Guerra Fria:, um conflito político e ideológico no qual as principais potências que emergiram como vencedoras ao fim da 2ª Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética, buscavam espaços de influência no planeta para implantar o modelo capitalista, no caso dos EUA, ou o modelo socialista, no caso da URSS. Além dessa constante busca por territórios, houve também a corrida armamentista, provocando um alto investimento no setor bélico, na busca por produzir mais armas que o inimigo. Aperfeiçoaram-se as antigas armas remanescentes da guerra recém-acabada, produziu-se a bomba de hidrogênio, mais poderosa que a bomba atômica, e assim seguiu o ritmo de avanço da tecnologia bélica, ao ponto que, na década de 1960, as duas potências já possuíam armas suficientes para destruir todos os países do mundo, e este passou a viver um “equilíbrio do terror”.

Renato Russo já dizia que “uma guerra sempre avança a tecnologia. Mesmo sendo guerra santa, quente, morna ou fria”. De fato, no período bipolar, os meios de comunicação também receberam grandes investimentos, visto que era necessário que os Estados Unidos, por exemplo, se comunicasse com o Japão, na Ásia, e com os países da Europa Ocidental e das Américas Central e do Sul, que encontravam-se sob sua influência. O mesmo vale para a União Soviética e os países sob o seu domínio – a maior parte da Ásia e o Leste Europeu. Os investimentos em tecnologia funcionavam como uma forma de se mostrarem superiores aos seus inimigos, mostrarem mais poder. É nesse contexto também que foram enviadas as primeiras missões ao espaço, na chamada Corrida Espacial, e, assim, o homem acabou chegando à Lua, na missão Apollo 11.

Harmônico

Amo música e acredito que ela seja capaz de nos dar sensações incríveis. Quem nunca ficou arrepiado ao escutar uma de suas músicas preferidas enquanto ela tocava no rádio, TV, computador ou Glee ao vivo, e sentiu algo muito peculiar que apenas essa combinação de ritmos e melodias é capaz de nos fornecer?

Sou do Brasil (Capitão Óbvio ataca novamente), um país reconhecido por sua diversidade cultural impressionante, e que, consequentemente, tem um reflexo disso em suas músicas. Mas além disso, temos também, de forma muito presente, a internet e seus downloads, onde somos bombardeados constantemente com coisas novas a todo instante.

Quando mais jovem, eu era estupidamente preconceituoso com relação a gosto musical. Coisas do tipo: “esse cara gosta de funk (carioca)? Que imbecil!” é só um eufemismo de meus pensamentos, na época. Era só o mais puro e simples preconceito, como se para tocar rock fosse necessário ter, no mínimo, um PhD, enquanto, para ser MC de funk, não se podia nem terminar o Ensino Fundamental. Porém, os anos se passaram e eu, criado por um integrante de uma banda de rock, comecei a abrir minha mente para outras coisas e aceitá-las de forma mais branda e respeitosa, passando a ser mais abrangente, principalmente com relação às músicas que eu ouvia, descobrindo o Rap, depois o R&B e, por fim, a música Pop, ritmos tão menosprezados pelas “elites musicais”, os quais muitos costumam fingir não gostar apenas para se sentirem aceitos por si próprios e pelos demais integrantes dessa “elite”.

Anne Frank: uma jovem mártir do Holocausto

"Uma única Anne Frank nos emociona mais do que milhares de outros que sofreram tanto quanto ela, mas cujos rostos permaneceram na sombra."
Primo Levi

Sempre procuro preencher as horas vagas com leitura. Por isso, uns dos melhores presentes que alguém pode me dar são livros. Recentemente, fui presenteada com "O diário de Anne Frank". Sempre tive vontade de ler esse livro, mas por algum motivo, nunca antes o havia feito. Aproveitando o tempo livre extra das férias, decidi ler alguns livros, entre eles o Diário. E, amigos, posso dizer a vocês que foi uma experiência incrível. A obra narra o cotidiano de uma garota judia e sua família, de 1942 a 1944, e a maior parte é narrada enquanto viviam no Anexo Secreto, um esconderijo em Amsterdã (Holanda).

Uma jovem mártir do Holocausto A jovem Annelisse Maria Frank, mais conhecida como Anne Frank,  nasceu no dia 12 de junho de 1929, em Frankfurt, e era a segunda filha do banqueiro Otto Frank e da dona de casa Edith Frank, abastados judeus alemães. Aos 4 anos de idade, com a ascensão de Adolf Hitler ao poder, Anne e sua família foram obrigados a sair do país, passando a morar na Holanda. E, apesar das alarmantes notícias sobre a intensificação de discriminação aos judeus, em Amsterdã a família desfrutava  da relativa liberdade e tranquilidade. Lá, a jovem judia era muito estimada entre os colegas de classe, entre os professores e, principalmente, entre os garotos.

No entanto, por mais que houvesse essa tal "tranquilidade", o pai de Anne não se descuidou e promoveu medidas para, caso necessário, salvar sua família. Aos poucos, mobiliava um anexo vazio na casa 263 da rua Prisengracht, num prédio atrás do escritório de sua firma. Com a perseguição aos judeus deflagrada também na Holanda, em 1942, Otto Frank, sua mulher e as filhas juntaram-se a mais quatro pessoas e passaram a viver na clandestinidade. 

A virgindade feminina


Desde cedo notava a diferença com que a sexualidade era tratada de acordo com o gênero. Para os meninos, era algo natural e incentivado (às vezes, até demais). Para as meninas, era tido como um tabu. Desde que nascem, meninas são ensinadas a reprimir sua sexualidade e a manter seu hímen intacto, como se toda sua dignidade dependesse disso.

Embora já tenha acontecido uma revolução sexual no século XX  muito importante, por sinal , atualmente, não sei se devido a um “retrocesso” ou pela insuficiência de tal manifestação, muitas famílias ainda têm a preocupação de privar suas filhas do sexo, ignorando todos os avanços socioculturais. Muitas vezes não por medo de doenças ou gravidez precoce, mas pela preocupação de manter a “pureza”, levando um simples pedaço de pele a uma supervalorização  que recentemente rendeu mais de um milhão de reais a uma brasileira.

Eu mesma já conheci garotas que casaram extremamente cedo apenas para poderem dar inicio a suas vidas sexuais em paz. Garotas de 17/18 anos precisam se submeter a uma decisão tão séria e tão cedo, abdicando de sua liberdade para viverem sob a prisão matrimonial apenas para poderem realizar a necessidade biológica e sentimental de transarem pela primeira vez.

Mas, afinal, por que o hímen é tão importante? Ou melhor: por que o prazer feminino ainda é tão preocupante? O que faz de uma mulher “intocada” melhor que uma “corrompida”? Por que “hímen” é sinônimo de “pureza”? Uma mulher, quando perde a virgindade, torna-se “suja”? Por que o gozo feminino incomoda tanto?

O universo conspira contra nós?

Sabe aquele momento da vida em que tudo começa a dar errado e quanto mais coisas ruins acontecem, mais o tempo demora a passar? Pois é, pode ser um dia, uma semana, um ano ou a vida inteira, dependendo da pessoa. Você acredita que aquele pode ser o melhor ano da sua vida, mas, de repente, ele se torna o pior até então. Ou então você pensa "ah, já está tudo planejado, esse dia vai ser perfeito" e, em um piscar de olhos, tudo acaba arruinado. Se isso ou algo parecido já aconteceu com você, don't panic, são apenas fases e algum dia isso irá passar.

Quer dizer, não exatamente fases, mas, e muitas vezes, transições de fases da vida. Pense comigo: criança para pré-adolescente, pré-adolescente para adolescente, adolescente para quase-adulto, quase-adulto para adulto etc. As pessoas não são acostumadas com mudanças e, quando são obrigadas a mudar seu modelo de vida, começam as crises. Por exemplo: em um momento, você está no jardim de infância desenhando, pintando, comendo cola, sendo feliz; no outro, você está sendo pressionado a escrever, contar números, aprender a ler; depois, você precisa passar no vestibular, orgulhar a família, ter um estágio, e assim por diante. Horrível, não é?

Engolidos e dilacerados


Uma banda de música produz um filme sem exageros na trilha sonora. Sem muitos ruídos, silencioso até o final. Sem diálogos ou narração contados por meio de legendas, como se fazia nos primeiros anos do cinema. Nada, serenidade total. Não há muitas expressões faciais também. Na verdade, os personagens nem rostos têm. Ora capacetes, ora máscaras de cera, são sempre cabeças artificiais, manualmente produzidos, obras do desenvolvimento tecnológico humano. Um filme que fala sobre a humanidade em busca de si. A banda é Daft Punk. O filme, Electroma.

Escrito e dirigido em 2006 pelos franceses Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo, o filme contou com a colaboração de mais dois roteiristas, Cédric Hervet e Paul Hahn. Thomas e Guy, os criadores de Daft Punk, um dos grupos mais criativos da música eletrônica atual, tornaram-se mais conhecidos depois da trilha sonora produzida para o filme Tron: Legacy, de 2010. Suas performances de palco e seus videoclipes apresentam elevado refinamento técnico, sempre envolto ao tema tecnológico, misturando exaltação e crítica a esse mundo cada vez mais robotizado em que vivemos. Fantasiado de androide, o grupo, ou a dupla, utiliza diversas ferramentas sonoras e visuais do mundo moderno para criticá-lo na mesma medida em que o idolatra. Technologic talvez seja sua música mais emblemática, principalmente quando assistimos ao seu videoclipe. A partir de letras extremamente simples, mas bem manobradas, como Buy it, use it, break it, fix it/Trash it, change it... [compre, use, quebre, conserte, descarte, troque], Daft Punk cria um cenário atrativo, dinâmico e enérgico – além de macabro, quando estampa o consumismo e a corrida tecnológica desenfreada sendo representados pela cara de um esqueleto meio robô, meio Chucky, o boneco assassino. A banda é pulsante.