O incrível Gordon-Levitt

Não seria incrível se a Meryl Streep tivesse uma versão masculina? Bom, é assim que eu vejo Joseph Gordon-Levitt, o norte-americano que torna qualquer filme interessante.

Conheci Gordon-Levitt quando ele tinha 15 anos, na série 3rd Rock from The Sun. A sitcom conta a história de quatro alienígenas que vêm a Terra com uma missão e se disfarçam como uma família, os Solomon, na qual o garoto era o "filho", Tommy Solomon. Quem via a atuação impecável e totalmente profissional do adolescente já podia imaginar que ele iria longe, mas, eu pessoalmente, não sabia o quanto.

Ainda na série, Gordon-Levitt começou a fazer mais sucesso nas telonas, com destaque para a comédia juvenil 10 coisas que eu odeio em você, baseada na peça "A Megera Domada" de Shakespeare, na qual tinha o papel principal. Quando 3rd Rock from The Sun terminou, em 2001, ele começou a trabalhar com filmes considerados alternativos, o que fez com que ficasse meio "apagado" na mídia, como o muito bem recebido Brick, no qual interpreta um jovem em meio ao mundo das drogas durante a investigação de um homicídio.

Tá, eu ainda não expliquei muito bem porque eu o considero a versão masculina da Meryl Streep. Não, ele não ganhou 1928309128930 prêmios do Oscar. Na verdade, ainda não ganhou nenhum, nem ao menos foi indicado (por mais que eu ache que mereça). A semelhança entre os dois vai do fato de que Gordon-Levitt consegue fazer qualquer personagem. Apesar de ser bem conhecido pelo seu trabalho em A origem, talvez seu papel mais popular no Brasil seja no filme de romance invertido 500 dias com ela, personificando o apaixonante apaixonado Tom Hansen, que tem um relacionamento com Summer Finn (Zooey Deschanel). Mas, mostrando a grande diferença, ele já foi um assassino em Killshot. Outro exemplo evidente é que enquanto fez o vilão cobra em G.I. Joe: A Origem da Cobra, fez também o justiceiro John Blake, em Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge. 

Talvez o papel que mais me deixou de queixo caído foi em Looper: Assassinos do Futuro, quando ele realmente se tornou a versão mais jovem do Bruce Willis. O modo de falar, os olhos, o nariz, a boca, a forma como anda, como gesticula: tudo ficou igual ao ator (como se vê na foto abaixo), algo como Nicole Kidman em As horas, quando ganhou o Oscar de Melhor Atriz por personificar Virginia Woolf. Mas, ao contrário de Kidman, Joseph Gordon-Levitt não ganhou nenhuma indicação da Academia, apesar da boa recepção pela crítica.

Não deixe a carinha de bebê de Gordon-Levitt enganar, o ator de 32 anos é exemplar em profissionalismo, seriedade, carisma, versatilidade e talento, muito talento. Começou como o Espantalho da peça teatral de O mágico de Oz, aos quatro anos, e hoje é ator, produtor, diretor e escritor que ainda promete marcar muito o Cinema. Mal espero por seus próximos trabalhos.

Fonte das imagens (respectivamente): Yupi Punto Com e Theiapolis.