Ciceramente
Um gênio idiota
Leis: contra ou a favor do caos?
Bobo, besta, certinho, otário... Na tentativa de
viver em sociedade, você, muitas vezes, já deve ter presenciado alguns
desses adjetivos sendo dados a alguém ou a você mesmo apenas por estar
seguindo as regras de algo considerado irrelevante por muitos (uma fila,
por exemplo), não é? Isso se justifica porque, infelizmente, no
pensamento da maioria, existem aquelas regras relevantes e aquelas
irrelevantes. Entretanto, pergunto-me o quanto isso é subjetivo para
cada um. Já imaginaram se cada um resolver seguir somente as regras que
acharem significativas? Provavelmente, um caos. Todavia, não adianta
somente seguir as regras, também existe a parte ética para a convivência
entre os indivíduos. Aliás, quem nunca escutou um “ah, mas na regra não
diz nada disso” de alguém que queria justificar sua atitude polêmica?
Pelo fim da cultura do estupro
Herdeira de uma estrutura familiar patriarcal e machista, a sociedade brasileira naturaliza a cultura do estupro, na qual a mulher vive sob ameaça constante de sofrer assédio sexual, não podendo sequer andar livremente pelas ruas, simplesmente por ser mulher. Isso porque, neste país, a mulher é condicionada a seguir um padrão de comportamento, tendo várias obrigações para com o lar, enquanto o homem é educado para subjugar a parceira.
"Os loucos somos nós"
"A dor só vira palavra escrita depois de respirar dentro de cada um como pesadelo."
Escrita por Eliane Brum no prefácio de "Holocausto Brasileiro", essa é uma das frases que melhor representa o significado do livro de Daniela Arbex, publicado recentemente pela Geração Editorial. Na luta contra o tratamento manicomial, o livro desta jornalista mineira pode emergir como importante instrumento de sensibilização para a causa, a qual discute a ineficácia, o desrespeito e a desumanidade com que são tratadas as pessoas diagnosticadas com doença mental no Brasil.
O refúgio musical africano
A internet nos permite conhecer facilmente sons produzidos por pessoas do mundo todo. Mesmo assim, a maioria de nós (eu inclusa) não conhece a rica diversidade de música disponível, primeiramente por preconceito. Música, cultura, inovação e tradição não são três pilares de exclusividade de megaeventos como o Rock in Rio e nem de bandas mundialmente famosas. Na verdade, eu vim falar sobre a música dos Bushmen, um povo indígena do sul da África.
Se enlouquecer, não se apaixone
Tristeza, desanimo, desgosto e baixa autoestima são sentimentos inerentes a nós, seres humanos. Por vezes nos encontramos
assim e então, quase sempre, escutamos aquela velha ladainha de que existem
pessoas com problemas muito maiores que os nossos e que, qualquer que seja a
situação pela qual estamos passando, não é motivo suficiente pra nos sentirmos
assim: depressivos. Creio que você, caro leitor, sabe bem como é isso. Vivemos
constantemente sob pressão e, às vezes, lidar com isso não é nada fácil. E é
exatamente sobre esse assunto que Ned Vizzini vai tratar em seu livro It’s kind of a funny story, que deu
origem ao filme de mesmo nome e com tradução brasileira de “Se enlouquecer, não
se apaixone”.
A viagem do amadurecimento
Durante o biênio 2002-2003, uma animação japonesa inesperadamente tornou-se centro de discussões nos melhores festivais internacionais de cinema. O filme surpreendeu duas vezes. Primeiro, por ter vencido o Oscar de Melhor Animação, mesmo se tratando de uma película estrangeira (ainda mais oriental). Segundo, por, ainda que se tratando de uma animação, ter levado o prêmio máximo do Festival de Berlim: o Urso de Ouro.