Não, a Bossa Nova não morreu. Os tempos são outros e as pessoas também, mas a Bossa Nova está viva, de uma forma, bom... nova. Um dos exemplos dessa nova geração é a carioca Ana Cristina, que tem um timbre tão tranquilo que nos remete ao calçadão de Ipanema, como Tom Jobim.
A Bossa Nova nasceu no fim dos anos 50 por um grupo de compositores - em sua maioria, jovens - da classe média carioca, que juntou o samba e o jazz, duas manifestações populares de música. O estilo calmo e íntimo da Bossa Nova levava (e leva) o público ao final da tarde na praia de Ipanema, com uma roda de amigos, relaxando e "curtindo uma brisa". Isso tudo sem se mexer, sem nunca ter ido lá, quão forte é o poder do estilo musical.
Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto, Maysa e Nara Leão são uns dos nomes que mais se destacaram na Bossa Nova e a exportaram para o mundo todo. Mas, na metade dos anos 60, termina oficialmente a geração Bossa Nova, dando lugar à da MPB e, posteriormente, à do Rock e Pop Rock.
Os músicos brasileiros passam então, novamente, por um período de forte influência exterior (assim como toda a população em geral), com a Globalização cada vez mais evidente e os limites transnacionais cada vez menores. É quando explode, no começo dos anos 2000, o sucesso de bandas bem parecidas com as norte-americanas, como o grupo Rouge - claramente influenciado pelas Spice Girls -, NX Zero - bem similar às bandas de pop rock dos EUA. Essa onda continua no final da década, como com a banda Cine - que originalmente tinha o nome e o repertório na língua inglesa -, mas vai perdendo espaço com a volta da exacerbação da cultura local, fenômeno facilmente percebido nos últimos anos em nosso país. Estamos vivendo um retorno da valorização do Brasil tropical, o que pode ser analisado através da imagem que mandamos para fora de nossos produtos (como o crescimento do mercado de símbolos brasileiros, como as frutas e as sandálias Havaianas), através dos filmes como Rio e, é claro, através da música.
É por isso que volta a Bossa Nova, de uma nova forma: com umas batidas um pouco mais fortes, combinando com esta sociedade mais "dinâmica" e se mesclando com a MPB, mas com o estilo "Zé Carioca" que o mundo tanto gosta. Um dos rostos dessa Nova Bossa Nova é, como eu disse, Ana Cristina. Ela tem 30 anos e se encaixa no perfil bossa novista: carioca, classe média, talentosa. Toca piano desde criança e se autointitula como cantora de MPB, mas, na minha opinião, tem uma pegada de Bossa que marca mais. Seu trabalho é uma ótima pedida para um break e para aliviar o estresse. Confira:
Para saber mais sobre Ana Cristina, acesse seu site oficial.
Fonte da imagem: Submarino.
Oi Alice!
ResponderExcluirFico muito feliz que vc tenha curtido o meu trabalho e veio aqui neste espaço lindo fazer divulgação dele.
Como artista, acho que temos o dever de exaltar o que temos de melhor e eu procuro fazer isso com a minha música.
A única errata a fazer é que ainda tenho 30 anos. :-)
Parabéns a todo pessoal da Fragmentos!
Grande beijo!
Oi, Ana Cristina!
ResponderExcluirFico honrada por você ter lido meu texto! E como ouvinte, tento cumprir meu dever de divulgar músicas maravilhosas como as suas :3
Ai, desculpa por ter apressado seu aniversário, isso não se faz rs Mas já consertei, agradeço pelo aviso.
Obrigada mais uma vez e continue com o ótimo trabalho!
Bjs,
Alice! :)