Pixar: como tudo começou

Impossível não gostar, emocionar-se e voltar a ser criança. Para mim, essas três frases resumem cada trabalho, seja ele de 1 minuto ou de 1 hora, da tão renomada Pixar, empresa americana de animação digital. Com seus grandes sucessos, como Toy Story e Procurando Nemo, a Pixar já arrecadou inúmeras premiações, como o Oscar e o Globo de Ouro. Contudo, muitas vezes nos perguntamos onde e como surgiu todo o sucesso da Pixar Animation Studios. E, pensando nisso, apresentarei para você, leitor, um pouco sobre a História dessa gigante da animação.

Tudo começou com uma empresa de produção de filmes e efeitos especiais, criada por George Lucas, chamada Lucasfilm, que ficou bastante conhecida pela produção de uma série de filmes de grande sucesso: os filmes da franquia Star Wars. Em 1979, George Lucas fundou a Graphics Group, uma divisão da Lucasfilm comandada por Edwin Catmull, que criava softwares de computação gráfica e colaborava, junto com a Industrial Light & Magic (também divisão da Lucasfilm), com a criação de efeitos especiais, principalmente em Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan e O Enigma da Pirâmide. Porém, em 1986, a companhia foi comprada pelo empresário Steve Jobs, um dos fundadores da empresa Apple Inc, por 10 milhões de dólares, e acabou por ser renomeada para Pixar – combinação das palavras “pixels” e “art”.

No início, a Pixar era uma companhia de hardware, seu primeiro produto foi o computador Pixar Image  e seu maior comprador era o Walt Disney Studios. O seu primeiro curta-metragem independente foi Luxo Jr., o qual fez tanto sucesso que chegou até a ser premiado com o Oscar de Melhor Curta-metragem. O diretor de Luxo Jr., John Lasseter, é uma das pessoas mais influentes da Pixar e dirigiu não só os primeiros curta-metragens da empresa (Luxo Jr., 1986; Red's Dream, 1987; Tin Toy, 1988; Knick-Knack, 1989), mas também os primeiros filmes (Toy Story, 1995; Vida de Inseto, 1998; Toy Story 2, 1999), além de possuir uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood.

Em 1991, devido a muitos gastos com a companhia e demissões em massa, a Pixar assinou um contrato com a Walt Disney, por 26 milhões de dólares, para a produção de três longa-metragens (os filmes anteriormente citados: Toy Story, Vida de Inseto e Toy Story 2) – a Pixar era a responsável pela produção dos filmes enquanto a Disney pela distribuição. O sucesso e o lucro foram tantos que o contrato entre as duas empresas foi renovado para 10 anos ou 5 filmes (Monstros S/A, 2001; Procurando Nemo, 2003; Os Incríveis, 2004; e Carros, 2006), sendo mais uma vez um acordo muito lucrativo para ambas empresas, visto que os filmes da Pixar estavam sendo bem mais reconhecidos que os filmes de animação da própria Disney. Contudo, em 2004, o chefe executivo da Disney, Michael Eisner, e Steve Jobs se desentenderam e, por motivos de discordâncias pessoais e profissionais, ficou determinado que o filme Carros seria o último a ser produzido com a parceria das duas empresas.


Pelo imenso sucesso que estava ocorrendo no mundo inteiro, após o rompimento com a Disney, diversas empresas começaram a se interessar a fechar contrato com a Pixar – consequentemente, a Disney logo tomou reconhecimento do erro que havia cometido e tentou um novo acordo, porém rejeitado. Já que novos acordos não foram o suficiente para o reconciliamento das empresas, a Disney resolveu pressionar a Pixar iniciando a produção de Toy Story 3, visto que possuía direitos sobre o filme, sem o envolvimento da Pixar. Sendo assim, em janeiro de 2006, as duas empresas finalmente chegaram a um acordo e, pela quantia de 7,4 bilhões de dólares, a Disney comprou a Pixar – e Steve Jobs tornou-se, assim, o maior acionista individual da Disney e John Lasseter, não abandonando a Pixar, passou a trabalhar na Disney como diretor criativo.

A partir de então, a Disney-Pixar continuou com o sucesso intenso e lançou outros grandes filmes vencedores de vários prêmios, sendo eles: Ratatouille, 2007; WALL-E, 2008; Up - Altas Aventuras; 2009; Toy Story 3, 2010; Carros 2, 2011; e Valente, 2012. Sem contar com os futuros lançamentos que prometem ser recordes de bilheteria, como Universidade Monstros, em 2013, e Procurando Dory, em 2015. Portanto, enquanto os novos lançamentos não saem, continuemos assistindo e admirando os maravilhosos clássicos da Pixar - seja dos trabalhos daquela Pixar fundada por George Lucas, seja aquela Pixar de Steve Jobs, ou seja a atual Pixar de Walt Disney, enfim, a nossa eterna Pixar.

Fonte das imagens (respectivamente): LaughingSquid e DisneyStore.

2 comments:

  1. Faltou um detalhe aí. A venda da Pixar para Disney só foi concluída depois que o então presidente da Disney Michael Eisner foi substituído, já que ele era o responsável pelo rompimento da parceria depois que o Jobs fez críticas a Disney. Ele foi substituído por Robert Iger que concluiu a compra.

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  2. Estou curtindo este post mil vezes Dona Arquitêta. Amei saber mais sobre a melhor fábrica de sonhos do mundo!

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